Maçonaria presente!
O Brasil amanheceu nesta segunda feira de alma lavada. O povo brasileiro na sua mais legítima representação, a família brasileira, se fez presente em todos os quadrantes do nosso país. Foi uma festa cívica que sacudiu o Brasil de ponta a ponta.
De agora em diante tudo vai ser diferente. Se o governo pensa que vai nos engambelar passando um doce na nossa boca está redondamente enganado. No domingo foi só primeiro passo. Outros virão. Tantos quantos forem necessários até que a classe política entenda que o país é outro. Chega de demagogia.
Um ponto marcante aqui em nosso estado, foi a manifestação da Ordem Maçônica, que se apresentou em diversas cidades do nosso estado, como instituição séria, constituída de homens conscientes, cidadãos dispostos a marcar posição neste momento difícil por que passa nosso país.
A Maçonaria como instituição teve um papel destacado na história do Brasil. Foi durante mais de um século o manancial inesgotável onde o Império e a República recrutavam alguns dos mais insignes estadistas.
Desde a crise do Antigo Sistema Colonial, a Maçonaria está presente em nossa história, destacando-se. inicialmente, entre alguns revolucionários da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana no final do século XVIII. Nesse período que antecede a Independência, a Maçonaria assumiu uma posição avançada, representando um importante centro de atividade política, para difusão dos ideais do liberalismo anticolonialista.
Sua influência cresceu consideravelmente durante o processo de formação do Estado brasileiro, onde apareceu como uma das mais importantes instituições de apoio à independência, permanecendo atuante ao longo de todo período monárquico no século XIX. Nesse processo, a história do Brasil Império é também a história da Maçonaria, que vem atuando na política nacional desde os primeiros movimentos de independência, passando pelos irmãos Andradas no Primeiro Reinado, até as mais importantes lideranças do Segundo Império, no final do século XIX.
O que resulta das manifestações de ontem é que a democracia sai fortalecida. O povo se manifestou livremente em todo o país, de forma ordeira, ocupando o espaço urbano que lhe é próprio, de pleno direito, como já proclamava Castro Alves, (também Maçom ilustre) em seu poema:
O Povo ao Poder:
Quando nas praças s'eleva
Do Povo a sublime voz... Um raio ilumina a treva O Cristo assombra o algoz...|||
A praça! A praça é do povo Como o céu é do condor É antro onde a liberdade Cria águias em seu calor!
Assim, nada mais natural do que o povo ocupando o seu espaço. E a Maçonaria mostrou sua cara.
Ultimamente ouvimos muitas vozes perguntando: “Onde está a Maçonaria?” Ela esteve sempre na sua trincheira própria, em suas Lojas Simbólicas, em suas Potências Maçônicas, trabalhando silenciosamente, combatendo a tirania, a ignorância, os preconceitos e os erros, glorificando o Direito, a Justiça e a Verdade, promovendo o bem estar da Pátria e da Humanidade, o aperfeiçoamento dos costumes, o aprimoramento das instituições, através de seus obreiros, que são os seus braços inquebrantáveis no cumprimento do dever.
E agora a nossa Instituição, sob a liderança inconteste de seus líderes maiores, Jordão Abreu da Silva Júnior, Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso do Sul, Benilo Allegretti, Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil e Amilcar Silva Júnior, Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de Mato Grosso do Sul, mostraram com o Povo Maçônico presente que se registra, a partir de agora, uma nova página na História da Maçonaria.
(*) Heitor Freire é advogado e mestre maçom.