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Cidades

Além de alvo de buscas, irmão de Trutis foi depor e passou 4 horas na PF

Policiais federais também estiveram em imóvel no Carandá Bosque que pertence a Alberto Carlos Gomes de Souza

Anahi Zurutuza e Paula Maciulevicius Brasil | 12/11/2020 13:35
Homem que chegou no carro de Carlos Alberto Gomes de Souza, irmão de Trutis, deixando a PF após depoimento (Foto: Marcos Maluf)
Homem que chegou no carro de Carlos Alberto Gomes de Souza, irmão de Trutis, deixando a PF após depoimento (Foto: Marcos Maluf)

Um dos intimados a depor na investigação contra Loester Carlos, o Trutis (PSL-MS), é o irmão dele Alberto Carlos Gomes Souza. Ele chegou no carro registrado em nome do outro irmão do deputado, Carlos Alberto Gomes de Souza.

De camiseta vermelha e dirigindo um Dodge Journey, Alberto apareceu na Superintendência da PF em Campo Grande por volta das 9h, e só saiu pouco antes das 13h.

Sem se identificar, disse à reportagem que não tinha qualquer ligação com Trutis e que “está ajudando na campanha do Ciro”. O político citado é Ciro Fidelis, também do PSL no Estado. Afirmou ainda que havia sido intimado para depor às 10h, sem saber o motivo.

O carro tem adesivado de propaganda do candidato Ciro nestas eleições, que se autointitula “o vereador do Tio Trutis”.

Alberto Carlos Gomes de Souza foi um dos alvos de mandado de busca na Operação Tracker, deflagrada nesta manhã pela Polícia Federal, a mando do STF (Supremo Tribunal Federal), e que investiga o deputado federal por três crimes cometidos em fevereiro, quando ele denunciou à PF ter sofrido atentado. Agentes estiveram em imóvel no Carandá Bosque que pertence a este homem.

Na PF, nesta manhã, também apareceram um homem e  uma mulher acompanhada de um advogado. O defensor deixou a superintendência sem falar com a imprensa.

Loester é conhecido por defender uso de armas Foto: Divulgação)
Loester é conhecido por defender uso de armas Foto: Divulgação)

Preso - O Campo Grande News apurou que o Loester Trutis foi levado à Superintendência da PF na Capital antes da 7h40. Alvo de mandado de busca e apreensão, o parlamentar foi preso por suspeita de posse ilegal de arma de fogo, crime previsto no artigo 12 da Lei nº 10.826/2003, segundo informação repassada por fonte à reportagem.

Conduzido à Superintendência da PF em Campo Grande, o deputado prestou esclarecimentos nesta manhã. Pode ser ouvido e liberado, sob pena de ter de pagar fiança ou não.

Atentado fake - A Polícia Federal colocou 50 agentes nas ruas de Campo Grande e Brasília (DF), nesta quinta-feira (12), em investigação sobre “atentado fake”, forjado pelo parlamentar em fevereiro deste ano.

Segundo a PF, a ação foi batizada Tracker, "rastreador" em inglês, porque “faz referência ao intenso trabalho investigativo realizado pela Polícia Federal em busca de provas para a completa elucidação dos fatos e identificação dos autores”.

A operação, informa nota da Polícia Federal divulgada nesta manhã, "tem como foco suposto atentado a deputado federal ocorrido no início do ano".

A denúncia - No dia 16 de fevereiro deste ano, um domingo, Trutis publicou no Facebook, por volta das 9h, que ele e sua equipe haviam sofrido atentado à caminho de Sidrolândia - distante 70 quilômetros de Campo Grande. O parlamentar alegou ter sido vítima de emboscada e narrou que revidou o ataque.

“O carro em que estavam foi alvejado por, no mínimo, 5 disparos”, dizia a nota divulgada na rede social.

A imagem anexada à postagem mostra um carro Toyota Corolla preto com vidros estilhaçados e marcas de bala. “O deputado conseguiu revidar o ataque. Apesar da emboscada, todos estão bem e sem ferimentos”, continuava comunicado.

Loester Carlos contou que acionou o Bope (Batalhão de Operações Especiais), que levou o deputado até Polícia Federal de Campo Grande, onde ele fez a denúncia.

Naquele dia, deputado postou nota em rede social e desmarcou compromissos (Foto: Reprodução do Facebook)
Naquele dia, deputado postou nota em rede social e desmarcou compromissos (Foto: Reprodução do Facebook)


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