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Política

Agora no alvo, deputado exigiu por 9 meses investigação de atentado forjado

Trutis é expoente da bancada da bala e acabou preso em ação da PF neste 12 de novembro

Aline dos Santos | 12/11/2020 09:47
Agora no alvo, deputado exigiu por 9 meses investigação de atentado forjado
Deputado Loester, mais conhecido como Trutis, denunciou ter sofrido atentado em fevereiro deste ano.

Preso em flagrante com arma e alvo da operação Tracker, o deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza (PSL), o Trutis, cobrava, regularmente, da Polícia Federal os resultados das investigações sobre o atentado que denunciou ter sofrido em fevereiro.

Em julho, o parlamentar, expoente da bancada da bala no Congresso Nacional, disse ao Campo Grande News que havia adotado “inúmeras medidas para sua proteção, que por medidas de segurança não podem ser divulgadas”.

A notícia do ataque a tiros foi divulgada em 16 de fevereiro, um domingo, nas redes sociais do parlamentar.  A emboscada foi na rodovia, a caminho de Sidrolândia, que dista 70 km de Campo Grande.

Na ocasião, Loester Carlos alegou ser vítima e revidou ao ataque. Imagem anexada à postagem no Facebook mostrou um Toyota Corolla, onde o deputado viajava, com vidros estilhaçados e marcas de bala.

Logo no dia 17 de fevereiro, uma segunda-feira, a Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande divulgou nota informando sobre a formação de uma equipe exclusiva para investigar o caso.

No mesmo dia, reportagem do Campo Grande News lembrou que o último caso similar de ataque a político em estrada foi registrado em 2008, contra o então deputado estadual Ari Artuzi (já falecido), e entrou para a história como fake news. À época, a perícia da Polícia Civil desmontou, ponto a ponto, a versão apresentada pelo político.

Desde fevereiro, a investigação da PF “sumiu” para ressurgir neste 12 de novembro em forma de operação.  Com a ação sob sigilo, a Polícia Federal divulgou hoje  que cumpre 10 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), onde o deputado federal tem foro. São nove ordens judiciais em Mato Grosso do Sul e uma em Brasília.

O inquérito tramita no Supremo e o nome da operação “faz referência ao intenso trabalho investigativo realizado pela Polícia Federal em busca de provas para a completa elucidação dos fatos e identificação dos autores”.

Armamentista, com diversas fotos ao lado de armas de fogo, o deputado é um CAC (Colecionador, Atirador e Caçador).

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