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Cidades

Alvo da PF, vereador que distribuía cigarros no Nordeste segue foragido

Grupo investigado também inclui dois policiais rodoviários federais, que foram presos

Aline dos Santos | 13/08/2019 13:03
Operação Trunk foi realizada pela Polícia Federal em 31 de julho. (Foto: Henrique Kawaminami)
Operação Trunk foi realizada pela Polícia Federal em 31 de julho. (Foto: Henrique Kawaminami)

Vereador em Riacho dos Cavalos, município de 8 mil habitantes na Paraíba, Irismar Gadelha Soares (PSDB) segue foragido na operação Trunk, realizada em 31 de julho pela PF (Polícia Federal) no combate a contrabando de cigarros.

Ele é apontado como responsável por distribuição dos cigarros, de origem paraguaia, na região Nordeste. No ano de 2012, teve caminhão de sua propriedade apreendido em Mato Grosso do Sul. O veículo transportava mercadoria estrangeira.

Alvo da Trunk, o grupo, que inclui dois policiais rodoviários federais, é investigado há um ano. Desde então, foi apreendido o equivalente a R$ 70 milhões em cigarros contrabandeados. A Polícia Federal identificou que a carga vinha sempre de Ponta Porã e seguia para São Paulo e Nordeste.

No período de julho de 2018 a março de 2019, foram aprendidos quatorze caminhões e dois carros de passeios, todos lotados de cigarro. Durante oito meses de investigação, o prejuízo ao erário público foi calculado em R$ 42 milhões.

Conforme a apuração, o grupo é comprovadamente composto por agentes públicos, sendo dois policiais rodoviários federais e um vereador. “Sendo que aqueles teriam justamente o dever de coibir a prática delituosa e zelar pela segurança pública, enquanto que este deveria representar a população de seu município na elaboração de leis, bem como fiscalizar a correta atuação estatal”.

A operação prendeu, em Dourados, os policiais rodoviários federais Moacir Ribeiro da Silva Netto e Alaércio Dias Barbosa. Nas gravações, o posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) é chamado de “casinha”.

Com o dinheiro da propina, Alaércio teria arrendado o Prime Motel e Pousada, localizado em Ponta Porã. A operação cumpriu mandados na Capital, Dourados, Ponta Porã, Rio Brilhante, Embu-Guaçu (SP) e São Bento (PB).

O nome da operação faz referência ao modo de operação da quadrilha, que utilizava caminhão-baú para transporte do cigarro contrabandeado do Paraguai. A reportagem não conseguiu contato com o vereador citado.

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