Até profissionais de enfermagem podem ter jornada e salários reduzidos
Reduções vão depender de resultado do levantamento que está sendo feito pelo sindicato dos estabelecimentos de saúde
Com redução de carga horária e de salários valendo para os trabalhadores administrativos da saúde de instituições privadas do Estado, o Sindhesul (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul) analisa a possibilidade de que os profissionais de enfermagem também façam acordos do tipo.
A medida está sendo adotada depois que o governo federal autorizou redução de salário e jornada de 25% e 50%, bem como redução de 70% para as pessoas idosas e com problemas de doenças graves que se encontrem afastadas do serviço.
Também será possível a suspensão temporária do contrato de trabalho obedecendo os requisitos previstos na MP (Medida Provisória) 936. Nesse caso, o trabalhador vai receber o equivalente ao total do seguro-desemprego a que teria direito caso fosse demitido e ainda a uma “garantia provisória” do emprego.
A advogada do sindicato, Roseli Scandola, diz que levantamento está sendo feito para verificar se haverá ou não possibilidade dos profissionais de enfermagem serem incluídos em acordo de redução de jornada e salário.
“Estamos conversando com as empresas para saber em que nível está o atendimentos nos hospitais diante da pandemia. Temos que ver quantos pacientes estão internados e se será possível reduzir a jornada desses profissionais. Estamos atuando com cautela”, explica.
Isso porque, diante da realidade que o levantamento demonstrar, será verificado se a mão de obra desses trabalhadores poderá ser reduzida. “Tem essa questão do pico de casos de coronavírus, esperado pro fim do mês. Tudo isso tem que ser levado em conta”, afirma.
Na última terça-feira, cerca de 10 mil trabalhadores foram autorizados a ter jornada e salário reduzidos ou terem o contrato suspenso temporariamente. A Justiça do Trabalho definiu, em audiência, o regramento para adoção das medidas entre os funcionários administrativos do Proncor, Hospital Nosso Lar e Clínica Campo Grande, porém, com a adesão dos empregadores, as regras podem valer para todo o setor no Estado.
