Bens do tráfico vão a leilão, incluindo aeronave de R$ 592 mil
Dois leilões estão agendados, reunindo de sucatas a caminhão e avião
Uma aeronave Baron ano 1974 apreendida em 2020 com integrantes de uma quadrilha de tráfico de drogas, avaliada em R$ 592,7 mil, e um caminhão avaliado em R$ 120 mil estão entre os bens mais valiosos apreendidos com criminosos e que serão leiloados no dia 3 de março. Junto com outro leilão, programado para esta sexta-feira, com bens de menor avaliação, serão alienados 128 veículos e sucatas relacionados a processos criminais quase exclusivamente relacionados ao tráfico de drogas.
O primeiro leilão terá 89 lotes, praticamente todos de baixo valor, incluindo motocicletas, sucatas de veículos, carros, a maioria em mau estado de conservação. O bem mais valioso dessa sequência é um caminhão avaliado em R$ 90 mil, relacionado a um processo que tramita em Anaurilândia, onde o bem está apreendido. Há ainda outros caminhões com valores menores, SUVs, veículos sedan.
O segundo leilão, a ser realizado em 3 de março, com 39 lotes, contém veículos com maior valor, como é o caso da aeronave. Ela está armazenada no aeroporto Teruel, na saída para São Paulo. Refere-se a uma operação da Polícia Federal, que foi encaminhada para a 3ª Vara Federal de Campo Grande, dedicada a ações relacionadas ao crime organizado.
Vários veículos estão no pátio da PF, como um caminhão Mercedes ano 2003, avaliado em R$ 32 mil; um reboque de R$ 36 mil; uma Scania de R$ 20 mil, qualificada como uma sucata aproveitável. Outros bens estão em pátios de delegacias de cidades onde ocorreram as apreensões.
Na Polícia Civil de Três Lagoas, por exemplo, estão apreendidos uma Scânia avaliada em R$ 120 mil e um reboque de R$ 50 mil.
Os leilões de bens referentes ao tráfico de drogas são alienados com mais agilidade que os relacionados a outros processos criminais, porque a Lei nº 11.343 prevê que o juiz pode determinar em 30 dias a venda. Ainda assim, na descrição dos veículos no edital do leilão muitos são apontados como sucatas ou em mau estado de conservação.
Quem organiza o leilão é a Senad (Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas e Gestão de Ativos) e os recursos vão para o Fundo Nacional Antidrogas.
Os interessados nos leilões devem se cadastrar no site www.cidafixerleiloes.com.br. Todo o processo será feito on line, com os lances começando com valor mínimo de 50% da avaliação. Encerrado o leilão, caso não haja comprador, poderá ocorrer a venda direta em 5 (cinco) dias, por valor não inferior ao lance mínimo.