Chefe do PCC preso em MS foi solto menos de um ano após a prisão

Considerado uma das lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital), Pablo Bruno da Silva é um dos 32 chefes da facção que foram soltos nos últimos sete anos em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) ou outras instâncias. Ele foi preso em Mato Grosso do Sul em novembro de 2020 com 170 kg de cocaína. Em menos de um ano da prisão, ele foi posto em liberdade.

Informações da Folha de São Paulo mostram que a soltura veio em 17 de junho de 2021, em decisão do então ministro Gilmar Mendes que entendeu que “a prisão preventiva foi decretada, exclusivamente, com base na quantidade da droga apreendida, o que, a meu sentir, é insuficiente para a decretação da prisão do agravado”. Houve recurso, mas a liberdade para responder o processo foi mantida.

O advogado de Pablo, Lucas Eduardo Domingues, informou que Pablo Bruno foi absolvido do crime de tráfico de drogas e, após isso, a Justiça Federal entendeu por colocar ele em outro processo de organização criminosa indevidamente. Entretanto, o nome de Pablo aparece em 10 ações relacionadas a tráfico de drogas ou organização criminosa de 2020 até este ano.

Conforme especialistas ouvidos pelo jornal paulista, a maioria das decisões que concedem a liberdade envolve ritos processuais com medidas polêmicas e que provocaram críticas em setores da polícia.

Das 32 solturas de chefes do PCC determinadas pela Justiça nesses sete anos, segundo levantamento feito pela Folha de São Paulo, a maioria delas (81,2%) ocorreu entre 2019 e 2022, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). (Com Folha de São Paulo)

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