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Cidades

Com mais de 1,5 mil infectados por dia, MS quebra recorde de casos de covid

Aumento de infecções pode ter acontecido por desrespeito de medidas preventivas e aumentam lotação hospitalar

Guilherme Correia | 21/05/2021 11:26
Centro movimentado em Campo Grande neste mês. (Foto: Henrique Kawaminami/arquivo)
Centro movimentado em Campo Grande neste mês. (Foto: Henrique Kawaminami/arquivo)

Mato Grosso do Sul tem a maior média móvel de casos por covid-19 em toda a pandemia. Por dia, são confirmados 1.530 novos infectados. Além disso, boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (21) traz 32 novos óbitos, com idades que variavam entre 39 e 93 anos.

Durante coletiva, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, alertou para a grande quantidade de confirmações, sobretudo porque cerca de 5% dos pacientes vão precisar de leito de terapia intensiva, o que irá exigir uma demanda hospitalar acima da capacidade que o Estado consegue atender.

Na prática, além de pessoas ficando doentes com apenas o coronavírus, essa situação faz com que pacientes precisando de outros atendimentos fiquem reféns da disponibilidade de estrutura hospitalar. Conforme dados divulgados hoje, há 134 pessoas na fila por uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Campo Grande, 30 a mais que o verificado ontem.

Ainda que Mato Grosso do Sul seja o estado que mais vacine no País - com 24,9% da população com ao menos uma dose e 11,6% com duas doses ao longo dos últimos quatro meses - o índice de imunizados (duas doses) tem de chegar a pelo menos 70% para que a pandemia comece a ser contida.

O número de óbitos, por conta do início da vacinação, apresentou uma queda entre o começo de abril e a metade de maio. Apesar disso, ela estabilizou em uma alta - cerca de 30 mortes por dia - e apresenta pequenas oscilações que podem aumentar.

Um dos fatores atribuídos ao aumento de infecções é o desrespeito às medidas básicas de prevenção - uso adequado de boas máscaras, higienização das mãos, evitar ambientes fechados e sem ventilação, bem como evitar aglomerações.

Além disso, a variante amazonense também continua atingindo centenas de pessoas, já que tem características mais transmissíveis, e datas comemorativas e feriados têm feito com que mais pessoas deixem de reduzir a mobilidade urbana.

Sempre nos fins de semana onde houve comemorações de datas festivas, com datas do calendário que nós temos no Brasil como Dia dos Pais, Dia das Mães, dentre outros, sempre teve repercussão depois", alertou o titular da SES, Geraldo Resende.

Ele também mencionou a variante indiana, já detectada em São Luís do Maranhão (MA) e em países fronteiriços como a Argentina, que faz fronteira com o Brasil, e com o Paraguai. "A pandemia não passou, tem muita gente que tá levando a vida como normal", completou.

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