Com trabalhadores sobrecarregados, conselho de enfermagem é a favor de lockdown
Segundo o conselho, além a lotação de hospitais, já faltam medicamentos para intubar pacientes e mantê-los em respiração mecânica

Para aliviar a carga nos hospitais e consequente sobrecarga para os enfermeiros, técnicos e auxiliares, o Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) se manifestou publicamente nesta quarta-feira (5) a favor do lockdown. Para a entidade, serviços não essenciais devem ser totalmente paralisados.
Segundo o conselho, além a lotação, já faltam medicamentos para intubar pacientes e mantê-los em respiração mecânica. “A sobrecarga de trabalho, especialmente os da enfermagem, os sujeita a cometer erros e os deixa mais exposta ao risco de infecção pelo agente da pandemia”, diz a nota.
O Coren-MS diz estar preocupado com o avanço do contágio e quantidade de mortes causadas pela covid-19 em todo o Estado. Dentre os profissionais da área, até agora, foram 230 casos positivos desde o início da pandemia.
A pedido para que a Prefeitura de Campo Grande decrete o fechamento “de tudo” veio ontem da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. Audiência de conciliação foi marcada para sexta-feira (7).
O pedido causou protestos por parte dos representantes do empresariado, principalmente dos comerciantes da Capital. O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, argumenta que não é o caso de decretar lockdown, que sacrificará o comércio e será medida ineficaz, uma vez que as taxas de isolamento não aumentaram quando restrições foram aplicadas por dois fins de semana.
Mais que isso, o chefe do Executivo afirma que o contágio está controlado na Capital e que todos os números indicam que a Capital deve passar pela pandemia sem colapso na rede de saúde.