ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, TERÇA  05    CAMPO GRANDE 24º

Cidades

Corregedoria do Ministério Público vem a MS para investigar promotor Marcos Alex

Marcos Alex é investigado por vazar informações de réu em denúncia do MPMS; comissão esteve ontem em Campo Grande

Silvia Frias | 28/11/2019 11:23
Marcos Alex foi denunciado com base na Lei Orgânica do MPMS (Foto/Arquivo: Fernando Antunes)
Marcos Alex foi denunciado com base na Lei Orgânica do MPMS (Foto/Arquivo: Fernando Antunes)

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Pública) abriu sindicância para apurar denúncia contra promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). A comissão sindicante, formada por três promotores, esteve ontem em Campo Grande para ouvir testemunhas. 

A portaria instaurando a sindicância foi assinada pelo corregedor nacional do MP, Orlando Rochadel Moreira. O grupo é formado pelos promotores José Augusto de Souza Peres Filho (MP/RN), Rafael SchwezKurkowski (MP/SE) e André Bandeira de Melo Queiroz (MP/BA). Marcos Alex é responsável pela 30ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, que investiga crimes de corrupção.

No texto publicado no Diário Eletrônico do órgão, no fim de agosto, consta que a apuração foi aberta para verificar infração ao artigo 176, incisos XVII, §2, “a”, da Lei Orgânica do Ministério Público do Estado de MS.

O artigo refere-se a infrações disciplinares, sendo que a investigada é sobre “prática de crimes incompatíveis para o exercício do cargo ou função”. Neste caso, “a revelação de segredo que conheça em razão do cargo ou função”.

Marcos Alex foi denunciado pelo advogado Rodrigo Souza e Silva, filho do governador do Estado, Reinaldo Azambuja, que alega que o promotor divulgou à imprensa informações envolvendo o nome dele em “supostos ilícitos penais, sem que ele houvesse tido conhecimento prévio a respeito dessa investigação, nem oportunidade de defesa", durante a Operação Vostok, em 2018.

A comissão de sindicância esteve em Campo Grande para ouvir testemunhas, mas a informação da assessoria do MPE é que os trabalhos correm em sigilo e eles não vão falar com a imprensa.

Na portaria, consta que os trabalhos deveriam ser concluídos em 30 dias, a contar da data de publicação. A reportagem entrou em contato com assessoria do CNMP para saber o motivo da prorrogação, mas ainda não obteve resposta. O promotor Marcos Alex também foi contactado, mas não respondeu à ligação.

Nos siga no Google Notícias