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Cidades

Depois de passar só 2 dias no semiaberto, filho de desembargadora é liberado

Breno estava na Colônia Penal e Industrial de Três Lagoas desde o dia 18 de março e deixou local no dia 20

Anahi Zurutuza | 07/04/2020 18:29
Breno Solon foi preso em abril de 2017 com drogas, arma e munições em Água Clara (Foto: Facebool/Reprodução)
Breno Solon foi preso em abril de 2017 com drogas, arma e munições em Água Clara (Foto: Facebool/Reprodução)

Dois dias depois de ser transferido para unidade do regime semiaberto, Breno Fernando Solon Borges, filho de desembargadora, foi beneficiado com a liberação de internos como foram de evitar o contágio pelo novo coronavíus. O preso, de 40 anos, ficou conhecido depois das tentativas da mãe magistrada livrá-lo da cadeia.

O Campo Grande News apurou que Breno deixou a Penitenciária de Segurança Média e chegou à Colônia Penal e Industrial de Três Lagoas no dia 18 de março, mas no dia 20 ganhou a liberdade. Ele tem de retornar para continuar cumprindo a pena no dia 18 de junho, conforme decisão da Justiça que libertou todos os outros apenados do semiaberto.

Em outubro do ano passado, Breno foi condenado a oito anos e dez meses por tráfico de drogas e posse ilegal de armas. Conforme a sentença da juíza Camila de Melo Mattioli Pereira, da Vara Única da Comarca de Água Clara, teria de cumprir a pena inicialmente em regime fechado.

Embora pudesse recorrer em liberdade por ter obtido habeas corpus neste processo, ele já estava na penitenciária de Três Lagoas por outra condenação: organização criminosa, lavagem de dinheiro e concurso de crimes. A ação da última condenação está em grau de recurso.

Drogas e armas - Breno Fernando foi preso na madrugada de 8 de abril de 2017 pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), em Água Clara, a 198 km de Campo Grande. Na ocasião, estava acompanhado da namorada Isabela Lima Vilalva e do serralheiro Cleiton Jean Sanches Chave.

Em dois veículos, o trio transportava 129,9 kg de maconha, 199 munições calibre 7.62 e 71 munições calibre 9 milímetros, armamento de uso restrito das Forças Armadas no Brasil.

À polícia, Breno disse que tinha dívida de R$ 300 mil com um agiota e, sob ameaça de morte, foi obrigado a levar a droga e as munições. O destino seria Itapira, em São Paulo.

Polêmica – A decisão mais recente contra Breno rememora pontos do rumoro processo, como, por exemplo, a substituição, por ordem do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), da prisão preventiva por internação em clínica médica, no caso uma luxuosa unidade no interior de São Paulo.

A prisão de Breno também rendeu à mãe investigação no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pelo suposto uso de influência para libertar o filho. Ela está afastada do cargo.

A defesa alegou Transtorno de Personalidade Borderline (personalidade emocionalmente instável), mas a decisão foi de que o réu era capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta.

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