Dnit aguarda projetos para desapropriações do acesso à ponte da Rota Bioceânica
Serão 22 propriedades desapropriadas ao longo de 13 km; barracões de empreiteiras já estão sendo levantados
O Departamento Nacional de Trânsito (Dnit) disse que ainda espera a aprovação de projetos onde constam exatamente as parcelas de terra de cada propriedade particular a ser desapropriada para iniciar as obras do acesso que ligará a BR-267 à ponte da Rota Bioceânica, em Porto Murtinho, na fronteira com o Paraguai, até a cidade de Carmelo Peralta.
"Com a definição exata do traçado do contorno rodoviário, o Dnit dará início aos trâmites necessários para a efetivação da desapropriação de terras, que afetará em torno de 22 propriedades, ao longo dos 13 Km de rodovia", explicou em nota.
Os barracões que vão abrigar os funcionários e equipamentos, inclusive, já estão sendo montados às margens da rodovia. Imagens aéreas mostram quão avançada está a montagem da estrutura.
Inclusive, o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), em reunião com alguns desses proprietários, disse ter ouvido reclamações sobre a falta de informação em relação às desapropriações.
Em resposta a essas supostas reclamações, o Dnit disse que ainda fará contato com os proprietários de terras da região para informar sobre a execução da obra e sobre as fases do processo de desapropriação.
"O órgão assegura que todos os proprietários serão devidamente indenizados, conforme previsto na legislação em vigor. Todos os envolvidos participarão de audiências de conciliação para a desapropriação na Justiça Federal".
Ainda conforme o órgão, o cronograma está mantido, com o prazo de 26 meses consecutivos para a execução da obra, o que faria ela ser entregue em 2026. Porém, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, abriu nova possibilidade afirmando que as chuvas podem atrapalhar.
"São 2 anos e meio para o acesso até a ponte ficar pronto. Precisa correr muito para inaugurar em 2026, se não chover muito. Se tiver atrasos, pode acontecer de inaugurar a alça no início de 2027. De qualquer forma está aí. Não é sonho, o dinheiro já está em caixa e a obra está em andamento”, justificou.
Detalhamento do projeto - O acesso rodoviário terá 13 quilômetros de extensão, custará R$ 472 milhões e passará por dezenas de propriedades rurais, o que vai demandar um complexo processo de desapropriações encabeçado pelo Dnit.
De acordo com o projeto detalhado do acesso, a pista de rolamento do acesso terá 2 x 3,60 metros, o acostamento será de 2 x 3 metros, a largura total da plataforma será de 13,20 metros e a faixa de domínio terá 100 metros. Serão instalados 18 bueiros (tubulares e celulares, sendo cinco deles destinados à passagem de fauna).
A obra contará com um viaduto de passagem superior na BR-267, seis pontes de concreto e uma extensão total de OAE de 1.360 metros. O prazo de execução (projeto e obras) é de 26 meses. O empreendimento é parte de corredor que passa por Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, tornando-se fundamental para aumentar a integração entre os países da América Latina.
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