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Cidades

Em MS, líderes do PCC guardam pen drives com endereços de servidores ameaçados

Lista tem mais de 2 mil nomes de delegados, promotores, juízes e policiais penais de todo o país

Ana Paula Chuva | 13/11/2022 13:25
Mapa de presídio entregue por policial penal a membro do PCC, interceptado durante operação do Gaeco. (Foto: Reprodução)
Mapa de presídio entregue por policial penal a membro do PCC, interceptado durante operação do Gaeco. (Foto: Reprodução)

Líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) guardam pen drives com lista de aproximadamente 2 mil nomes e endereços de servidores públicos "jurados" pela facção em todo o país. A informação foi divulgada na coluna do jornalista Josmar Jozino, na madrugada deste domingo (13).

Nos arquivos há nomes de juízes, promotores de Justiça, delegados das policias Civil e Federal, além de policiais penais de vários estados do país, muitos considerados inimigos mortais da facção. Conforme a coluna do Uol, ao menos 11 servidores vêm sofrendo ameaças de morte nos últimos meses.

As ameaçadas e possíveis atentados seriam por conta da permanência da liderança da organização criminosa em presídios federais. Pen drives com o arquivo também estão escondidos em São Paulo e na Bolívia.

Ainda conforme o colunista, o PCC deu prazo até dia 25 de janeiro de 2023 para que a liderança seja transferida de volta para presídios paulistas. Caso a facção não tenha o pedido atendido, os atentados aos servidores começarão no aniversário da capital paulista.

Inclusive, a facção criminosa teria adquirido drones para monitorar os alvos e comprou veículos blindados, fuzis, metralhadoras e até explosivos C4 com alto poder de destruição. Grande parte do armamento está escondido na região da grande São Paulo.

Eder, em imagem de rede social captada pelo Gaeco. (Foto: Reprodução processo)
Eder, em imagem de rede social captada pelo Gaeco. (Foto: Reprodução processo)

Operação Bilhete – A investigação envolvendo o agente da Segurança Pública estadual resultou na Operação Bilhete, deflagrada dia 5 de setembro deste ano pelo Gaeco. Ao todo foram cumpridos dois mandados de prisão, cinco mandados de busca e apreensão e três mandos de medidas cautelares diversas à prisão, na Capital.

O esquema envolvia também milicianos da organização criminosa presa durante a Operação Omertà, que revelou quadrilha chefiada pela família de Jamil Name. Mas, não foram divulgados detalhes sobre quais informações foram trocadas ao longo dos 3 anos de prisão da organização e nem dos recados enviados pelo PCC.

Na ocasião foi preso o policial penal Eder William Ador, 41 anos. Conforme apurado pelos agentes do Gaeco, a função do servidor era repassar informações por meio de bilhetes de papéis e também fornecer aparelhos celulares. A partir disso, viabilizava a ordem para crimes como sequestros, furtos e, inclusive, operacionalização de homicídios, com planos descobertos até para assassinato de outros policiais penais.

Segundo o Gaeco, ele atuava no Presídio da Gameleira I, mas de acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), em maio deste ano, o servidor foi transferido para outra o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande).

O despachante Lucas Silva Costa, 30 anos, também chegou a ser preso junto com o policial penal. O rapaz já havia sido alvo da operação Omertà e era apontado como “cobrador” do esquema de agiotagem chefiado pela família Name.

Lucas, em imagem resgatada no celular dele, pelo Gaeco; o dinheiro seria de ações ilícitas, como agiotagem para a família Name. (Foto: Reprodução processo)
Lucas, em imagem resgatada no celular dele, pelo Gaeco; o dinheiro seria de ações ilícitas, como agiotagem para a família Name. (Foto: Reprodução processo)


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