Escolas estaduais ganham "Big Brother", com monitoramento 24 horas contra crimes
Governador inaugurou Centro de Operações de Segurança Integrado com monitoramento de 140 prédios
Um verdadeiro Big Brother da REE (Rede Estadual de Ensino) foi inaugurado hoje (22), em Campo Grande. O COSI (Centro Operações de Segurança Integrado) irá monitorar 140 escolas estaduais das sete maiores cidades do Estado.
Em 30 dias o sistema estará operando com todas as câmeras instaladas e vigiadas durante 24 horas por dia, sete dias por semana. O serviço foi contratado por R$ 17.144.516,00.
A tecnologia israelense adaptada para o Brasil já funciona em outros quatro estados e começou a operar em Mato Grosso do Sul para garantir a segurança nas unidades. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) destacou que o investimento faz parte da promessa do plano de governo.
“Em 2014 quando apresentei meu plano estava o projeto de mudar o Estado de analógico para o digital. Hoje somos o Estado do país que tem maiores serviços digitais oferecidos para a população em todas as áreas. E esse trabalho irá cobrir quase metade da rede estadual”, afirmou.
A principal mudança para os gestores da educação será a tranquilidade promovida pela segurança. “Com esse sistema vai diminuir a tensão de vocês. Vai ter uma outra infraestrutura que é um braço para a segurança. Tem um acompanhamento diuturnamente de tudo que acontece dentro e fora da escola. Irá ajudar a coibir ação de criminosos ao patrimônio e com os alunos.”
A meta é ampliar para todas as 340 escolas da REE. “A ideia é expandir a todas as demais escolas e também aos órgãos públicos. Vamos conseguir monitorar com mais presteza e eficiência, em um tempo mais rápido”. Hoje são 200 trabalhadores operando no sistema que irá substituir os agentes patrimoniais. Esses servidores serão remanejados para outros setores do Estado.
Para a secretária de Estado de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, a implantação do projeto é um sonho antigo. “Desde 2015 vimos esse sistema ousado em Santa Catarina e fomos atrás. Estudamos, pesquisamos e pensamos como faríamos e hoje estou emocionada por estar lançando esse sistema. Por mim escola só deveria cuidar da aprendizagem. E esse é o primeiro passo para despreocupar nossa cabeça com os vários problemas de segurança.”
Como funciona – A central de monitoramento do Grupo IIN tem de plantão 24h equipes dando uma ‘espiada’ no que está acontecendo nas unidades que possuem câmeras. O local também possui call center para contato dos diretores e gestores. Além de câmeras, as escolas são vigiadas por sensores de movimento.
Quando é confirmada alguma intercorrência, equipes se deslocam para o local e acionam a polícia ou o serviço que for necessário. “As escolas passam por momentos de vulnerabilidade quando não tem alunos. Nos finais de semana e feriados, não tem ninguém dentro da escola e nesse momento a tecnologia assume a responsabilidade de monitorar com vários tipos de sensores que está implementado dentro da escola. Então qualquer tentativa de invasão será reportada de forma automática para a central. Estamos defendendo as escolas. É o mesmo sistema utilizado em agências bancárias”, explica o diretor Geral do Grupo IIN, Yoram Yaeli.
Antes de acionar a polícia as equipes confirmam se há uma invasão. “Só após a confirmação visual nós sabemos que tipo de resposta vamos dar. Nossa equipe chega em minutos. Essa experiência mostra que até o tempo de o ladrão estar levando o computador, por exemplo, nós já estaremos lá antes dele ir embora.”
Também fica garantido que se houver perdas no patrimônio da REE, o grupo de segurança será responsável por repor o material. “Recentemente aconteceu de furtarem um para raio de uma escola. Foi algo bem inusitado e a única coisa que perdemos. Mas nós fomos lá e recolamos no mesmo dia. É nossa responsabilidade repor tudo que vigiamos.”