Escrivão preso em ação da Omertá volta à polícia e vai trocar de fronteira
Rafael Salles foi preso em novembro, quando foram encontrados 45 gramas de cocaína no quarto que ocupava em república de policiais
De volta à Polícia Civil, o escrivão Rafael Grandine Salles, que chegou a ser preso em 22 de novembro num desdobramento da operação Omertá, vai trocar de fronteira. Foi publicada nesta terça-feira (dia 11) a transferência do agente da 1ª Delegacia de Ponta Porã, fronteira com o Paraguai, para a 1ª Delegacia de Corumbá, fronteira com a Bolívia. A remoção foi determinada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas.
Rafael Salles foi preso em novembro, quando foram encontrados 45 gramas de cocaína no quarto que ocupava em república de policiais, em Ponta Porã. Ele foi detido pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) em Terenos, cidade onde mora. Na sequência, em 28 de novembro, a Corregedoria da Polícia Civil ordenou o afastamento do escrivão.
A portaria foi revogada no começo de fevereiro, após o policial conseguir habeas corpus no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Os processos judiciais sobre a prisão e a liberdade tramitam em sigilo. A reportagem não conseguiu contato com a defesa.
Em depoimento, Rafael Grandine Salles disse que a droga não era sua, e que o quarto onde estava o invólucro era usado por outros dois policiais civis, Vladenilson Daniel Olmedo, 60 anos, que é aposentado, e Frederico Maldonado, 56 anos, da ativa. Vladenilson e Frederico estão presos desde 27 de setembro, quando foi deflagrada a Omertà.