Estudo mostra perigo de contato de bebês e grávidas com fumaça de 'vapes'
A fumaça pode "ficar" em objetos e na pele, causando problemas no sistema imunológico do bebê ainda no útero
Mesmo sem fumar, grávidas que convivem com fumaça de cigarros eletrônicos podem prejudicar a própria saúde e a dos bebês antes de nascer. Mania em Mato Grosso do Sul e todo Brasil, apesar da comercialização proibida dos "vapes", a cada dia aumenta o consumo.
Estudo publicado na revista científica "American Journal of Physiology-Lung Cellular and Molecular Physiology" revela que “visitantes às casas de amigos ou parentes que usam vape podem não perceber que estão sendo expostos a produtos químicos nocivos apenas por tocar em bancadas ou sentar no sofá. Pessoas que usam vape precisam entender que isso não afeta apenas elas", alerta Richard Kim, coautor da pesquisa.
As evidências reveladas na pesquisa mostram que algumas substâncias como propilenoglicol, glicerol, nicotina, sabores e outros aditivos, que estão presentes na fumaça dos vapes, podem "grudar" em objetos e até na pele das pessoas ao redor. Dessa forma, o sistema imunológico do bebê pode ficar comprometido.
Durante a pesquisa, que foi feita em camundongos, foram observados efeitos negativos nas respostas da célula T CD8+, que faz parte do sistema imunológico e é considerada essencial no combate de infecções e até mesmo do desenvolvimento de câncer.
Vapes são proibidos no Brasil
Os cigarros eletrônicos são formalmente chamados de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), mas também são conhecidos como vapes, pods, mods, conforme o modelo. A venda dos cigarros eletrônicos está proibida desde 2009 no Brasil. Apesar disso, são facilmente encontrados no comércio ou online.
As multas para quem desrespeitar a lei, que foi prorrogada em 2024, vai de R$ 20 mil a R$ 10 milhões e detenção de dois a quatro anos.