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Cidades

Ex-diretor da PRF é preso em operação sobre interferências nas eleições

Estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva

Gabriel Neris | 09/08/2023 06:36
Silvanei Vasques durante CPMI do 8 de janeiro (Foto: Agência Senado)
Silvanei Vasques durante CPMI do 8 de janeiro (Foto: Agência Senado)

O ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, foi preso de forma preventiva nesta quarta-feira, em Florianópolis, na Operação Constituição Cidadã, que investiga possíveis interferências no segundo turno das eleições presidenciais, em outubro do ano passado.

Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

No dia 30 de outubro, durante o dia do segundo turno, a PRF realizou blitze em rodovias do Nordeste, influenciando na movimentação de eleitores, principalmente onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto. Ainda no mesmo dia, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão imediata das blitze.

O nome Operação Constituição Cidadã é referência à Lei Maior do Brasil, promulgada em 1988, que pela primeira vez na história garantiu a todos os cidadãos brasileiros o direito ao voto.

Liberdade provisória – O ministro do STF, Alexandre de Moraes, concedeu na terça-feira liberdade provisória, mediante uso de tornozeleira eletrônica, para mais 72 réus pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, sendo 25 mulheres e 47 homens.

Entre segunda e terça-feira, foram concedidas 162 liberações ao todo, sendo 100 homens e 62 mulheres. Atualmente, ainda estão presas 128 pessoas (115 homens e 13 mulheres), detidas nos dias 8 e 9 de janeiro, e nas operações realizadas posteriormente.

O ministro avalia que não se justifica mais a prisão cautelar destas pessoas e que também não há risco de interferência na produção de provas.

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