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Cidades

Ex-líder do PCC em MS, rebaixado a "gerente", é preso em operação

Em Mato Grosso do Sul, preso era o "Sintonia Final" da facção e foi para SP após ser alvo do Gaeco

Dayene Paz | 16/06/2023 11:07
Irmão Pedrinho, preso em operação da polícia paulista. (Foto: Divulgação/Polícia Civil de SP)
Irmão Pedrinho, preso em operação da polícia paulista. (Foto: Divulgação/Polícia Civil de SP)

Ex-líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul, que era conhecido como "Sintonia final", Andrei Silva Prates, ou “Irmão Pedrinho”, foi preso em operação da Polícia Civil na região de Itaquera, zona leste de São Paulo. Lá, ele foi remanejado para um "cargo modesto" pela facção e atuava como "gerente" do tráfico de drogas.

A prisão de Irmão Pedrinho, de 31 anos, ocorreu na quarta-feira (14) no âmbito da Operação Tabuleiro, cuja as investigações começaram em fevereiro deste ano. Ele foi alvo de mandado de prisão temporária (30 dias) e teve o celular apreendido. Além disso, endereços ligados a Prates foram vistoriados, sendo apreendidas 2,4 mil porções de maconha, cocaína e crack. Ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.

O delegado Luiz Romani, titular da Cerco (Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas) da 7ª Delegacia Seccional, da zona leste de São Paulo, afirmou ao Estadão que Irmão Pedrinho foi remanejado para SP no ano passado após conseguir regime aberto em MS.

A facção decidiu pela mudança, pois Andrei estava sendo alvo de constantes operações em Mato Grosso do Sul, incluindo uma do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O delegado afirma que em MS ele era do "alto escalão" do PCC, o "Sintonia final".

Já em São Paulo, apesar de "cargo modesto", desenvolvia papel importante, atuando no tráfico de drogas, incluindo na cracolândia de Itaquera. Ele também era conhecido como “Eclipse” no mundo do crime.

De acordo com o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), em nota, a somatória das penas de Andrei é de 13 anos e 20 dias em regime fechado. “Ele começou a cumprir pena, em regime fechado, em presídio de Dourados (MS). O preso fugiu em duas ocasiões. Na segunda, em 2019, foi preso em flagrante em São Paulo, julgado e condenado”, afirmou o órgão. As penas dele foram unificadas em 2020. No ano seguinte, progrediu para o regime semiaberto e em abril do ano passado, para o aberto, com comparecimento mensal ao fórum. O cumprimento de pena terminaria em 2029.

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