Filho diz que vítima de chacina estava apenas assistindo à partida de sinuca
Empresário de MS tinha o hábito de ir ao local, pois era amigo do dono, que também foi morto na chacina
Cícero Dias, filho adotivo de Josué Ramos Tenório, vítima de chacina em Sinop (MT) na terça-feira (21), disse que o empresário sul-mato-grossense foi até o local para assistir à partida de sinuca, como sempre fazia, já que era amigo do dono do bar. Os suspeitos do crime que vitimou outras seis pessoas ainda estão sendo procurados.
Ao Campo Grande News, Cícero contou que Josué morava em Rondonópolis e viaja eventualmente para Sinop a trabalho. Quando estava na cidade, ele aproveitava para ir ao bar assistir às pessoas jogando sinuca.
“Ele gostava de assistir, acompanhar o pessoal jogar. O dono do bar era amigo dele, era habitual dele, sempre que vinha para Sinop ia lá. Ele e os outros não tinha nada a ver, a rixa era entre o assassino e o dono do bar. Ninguém entende porque ele matou todo mundo”, disse Cícero.
Ainda conforme o rapaz, o jogo seria entre uma das vítimas e o suspeito. O dono do bar teria apenas ajudado na aposta. “Eles ganharam uma certa quantia dele e ele não aceitou a derrota. Foi uma crueldade, é um monstro quem faz um negócio desse”, afirmou o rapaz.
O crime – A chacina aconteceu na tarde de terça-feira no bar que fica no Bairro Lisboa, em Sinop. Josué era de Fátima do Sul e atualmente tinha uma distribuidora de frutas em Rondonópolis. Os suspeitos pelo crime são Edgar Ricardo de Oliveira, 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, 27. Também foram mortos Orisberto Pereira Sousa, 38 anos, Maciel Bruno de Andrade Costa, 35, Adriano Balbinote, 46, Getúlio Rodrigues Frazão Junior, 36, e a filha de 12.
Segundo testemunhas, os envolvidos se reuniram na parte da manhã para jogar sinuca de forma “casada” com apostas. Getúlio e Edgar já teriam jogado em outro local no dia anterior e na manhã de terça-feira fizeram novamente outras partidas valendo dinheiro.
“Getúlio ganhou quase R$ 4 mil do Edgar e ele foi convidado para ir em outro bar, mas não foi porque estava com a família. Edgar e Ezequias foram embora e à tarde voltaram e novamente desafiaram Getúlio, que ganhou novamente. Acredito que de forma premeditada e com segundas intenções, perderam, o Edgar se estressou jogou o taco na mesa e teria dado um sinal para Ezequias”, explicou o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Bráulio Junqueira.
Após isso, Edgar foi para a caminhonete e Ezequias sacou uma pistola, rendeu todos que estavam no bar e, segundo as filmagens, colocou as vítimas no canto e começou a atirar. “Primeiro ele executou o Maciel, dono do Bar. Depois deu um tiro nas costas do Getúlio, que caiu no chão e recebeu mais dois disparos na cabeça. Edgar veio então com uma espingarda e efetuou diversos disparos”, continuou Bráulio, em entrevista ao site Só Notícias.
Uma força-tarefa foi montada para encontrar os dois homens, que fugiram após o crime. A caminhonete usada pela dupla foi encontrada abandonada em um terreno no Residencial Vila Verde. No motor estava a espingarda, usada no crime, além de munições calibre 12 e 40 dentro do veículo.