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Cidades

"Fique em casa", apela PM depois de orientar equipes sobre toque de recolher

Ordem de serviço com orientações está sendo repassada a todas as unidades. Em 4 cidades, trabalho é em conjunto com as guardas

Marta Ferreira | 14/12/2020 10:12
"Fique em casa", apela PM depois de orientar equipes sobre toque de recolher
Viaturas da PM durante patrulhamento de toque de recolher em Paranaíba. Agora, medida vale para todo o Estado. (Foto: Divulgação/PM)

O maior o objetivo é ajudar as famílias a passar o ano sem perder ninguém”.

Com essa frase, a coronel Neyde Centurião, do setor de relações públicas da PM (Polícia Militar) de Mato Grosso do Sul, resume o sentido das ações que serão desenvolvidas pela Corporação a partir desta segunda-feira (14), quando começa a vigorar o toque de recolher determinado em medida do governo do Estado.

A medida vale para os 79 municípios, das 22h às 5h, na tentativa de restringir a circulação de pessoas, diminuir o contágio pelo novo coronavírus e, principalmente, reduzir a ocorrência de acidentes e casos de violência que levem à ocupação de leitos de hospital.

O “convite” da PM, explicou a coronel, é o mesmo feito desde o início da pandemia: fique em casa.

Titular do Comando Metropolitano, responsável pelo policiamento em Campo Grande e cidades vizinhas, o coronel André Henrique de Deus Macedo, repete o apelo  ao informar que todas as unidades policiais receberão ordem de serviço explicando como agir na fiscalização do toque de recolher.

Em quatro cidades, Campo Grande, Dourados, Corumbá e Bonito, o trabalho é em conjunto com as guardas municipais, como já vinha sendo feito, explica Macedo.

O oficial considera que esse trabalho conjunto é bastante importante, pois os órgãos municipais têm atribuições por exemplo de fiscalização quanto aos aspectos de vigilância sanitária, ampliando  o poder de ação.

"Fique em casa", apela PM depois de orientar equipes sobre toque de recolher
Comandante do CPM, responsável pelo policiamento em Campo Grande, André Henrique Macedo de Deus. (Foto: Divulgação)

A ideia é fazer a pessoa entender a importância da medida para salvar vidas, para conter a pandemia”, afirma.

Segundo ele, ao encontrar alguém na rua ou algum lugar aberto fora do expediente permitido, os policiais vão primeiro verificar a situação, como por exemplo se a pessoa atua em algum serviço essencial.

Caso contrário, a regra é orientar as pessoas encontradas na rua fora do horário permitido a voltar para casa, assim como empresas abertas a fechar.

A partir daí, dentro da razoabilidade, da proporcionalidade, vamos tomar as medidas mais coercitivas”, observa o coronel.

Isso significa, na prática, levar para a Delegacia de Polícia Civil quem desrespeitar o toque de recolher. A pessoa pode ser enquadrada em crime de desobediência ou ainda em infração ao artigo 268 do Código Penal, segundo o qual é crime desrespeitar “determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”. A pena é a detenção de um mês a um ano, além do pagamento de multa.

Para o comandante do CPM, a maior parte da população obedece. O maior problema, concorda, são as aglomerações em festas clandestinas. Nesse sentido, a autoridade policial diz que o decreto baixado pelo governo do Estado facilita a atuação.

Antes, explica, o foco da repressão em festas com muita gente era saber se havia algum tipo de alvará. Agora, com o horário restrito em todo o estado, se a festa avançar as 22h, já está “fora da lei” e pode ser encerrada.

Se o cidadão quiser denunciar, explica, o caminho é ligar para as guardas municipais e para o número da PM, o 190.

Em Campo Grande, o telefone da Guarda Civil Metropolitana é o 153.

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