Governo quer reduzir custos e admite nova licitação para radares e lombadas
Reinaldo Azambuja afirma que já consultou empresa sobre readequação e pretende firmar novo contrato para fiscalização viária
Em meio ao impasse entre o governo do Estado e a Perkons, que envolve a possibilidade de rompimento do contrato para operação de 144 radares e lombadas eletrônicas em rodovias estaduais, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) destacou a intenção de reduzir custos com o serviço e, em breve, lançar novo edital para contratação dos equipamentos. Alegando falta de pagamentos, a empresa voltou a desativar os controladores de velocidade na semana passada.
Em entrevista no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, na noite desta quarta-feira (21), Reinaldo destacou que a Perkons gerencia “praticamente a totalidade” dos dispositivos de fiscalização de tráfego em vias sob jurisdição estadual. Luiz Rocha, diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), havia antecipado pela manhã que o contrato, válido até dezembro de 2019, prevê desembolsos mensais de R$ 1,8 milhão.
“Estamos reivindicando a redução de custos, o que é normal para o governo já que houve modernização e barateamento do serviço”, destacou Reinaldo, apontando o interesse de lançar um novo edital “para licitação e encaminhar a questão dos radares em todo o Estado”. A data da realização do certame não foi antecipada, porém, depende do rompimento do contrato com a Perkons, atualmente em estudo no Detran-MS.
Reinaldo reiterou que já enviou à Perkons, via ofício, a reivindicação do governo visando a redução e custos. A concessionária confirmou ter recebido nesta manhã documento prevendo o parcelamento do débito atualmente existente em quatro vezes.
Impasse – Com equipamentos na Capital e em mais 18 cidades, a Perkons desligou equipamentos há uma semana em uma tentativa de receber do Detran-MS valores em atraso que superariam os R$ 10 milhões. Em 25 de julho, ação semelhante foi tomada sob o argumento de haver dívidas superiores a nove meses. Após acordo, os equipamentos foram religados.
Por outro lado, Luiz Rocha destacou que a despesa com o contrato é muito elevada em um cenário de “contenção de despesas” e técnicos do órgão avaliam alternativas para manter a fiscalização. O Detran-MS não confirma o montante devido.