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Cidades

Justiça mantém prisão de acusado de lavar dinheiro do tráfico de MS em Sergipe

Empresas em nome dele foram alvos da Operação Minus, deflagrada pela Polícia Federal

Aline dos Santos | 17/01/2022 10:44
Empresa Pit Stop 83, no município de Campo do Brito (SE), foi alvo de operação da Polícia Federal. (Foto: Divulgação/PF)
Empresa Pit Stop 83, no município de Campo do Brito (SE), foi alvo de operação da Polícia Federal. (Foto: Divulgação/PF)

A Justiça Federal de Campo Grande negou pedido de revogação da prisão de Jairo da Purificação Santos, suspeito de lavar dinheiro do tráfico de maconha, numa conexão Mato Grosso do Sul e Sergipe.

Empresas em nome dele foram alvos da Operação Minus (quem em latim significa purificação), realizada em fevereiro do ano passado pela PF (Polícia Federal). Na ocasião, houve sequestro de bens avaliados em R$ 2,3 milhões.

Conforme a decisão, Jairo tinha cinco veículos registrados em seu nome (inclusive, um Audi/A5 e uma Toyota/Hilux), duas empresas e vários imóveis. A análise financeira também revelou expressiva movimentação de valores por Jairo, com grande volume de saques.

Já as duas empresas em nome de Jairo pertenceriam, em verdade, a Luciano Saravy Guimarães, suspeito de encabeçar o crime de tráfico e um dos principais investigados na Operação Fênix, deflagrada em maio de 2021 pela PF.

Segundo relatório policial, Luciano seria o responsável por enviar de Mato Grosso do Sul o carregamento do entorpecente e Jairo seria o responsável por armazenar, vender para outros traficantes do Sergipe e receber os recursos, utilizando-se de sua própria conta bancária.

“Apurou-se que o denunciado Jairo tem um patrimônio considerável, com carros de alto valor e duas empresas constituídas em seu nome, quais sejam, uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, cujo nome fantasia é Jairo da Purificação Santos, localizada em Campo do Brito e Pitstop 83 Choperia e Petiscaria, também localizada em Campo do Brito, em que pese nunca ter exercido qualquer atividade lícita para seu sustento”.

O juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, negou o pedido de liberdade provisória para Jairo na última quinta-feira (dia 13).

“Há, também, fundadas suspeitas de que Jairo faz dos crimes de tráfico de drogas seu meio de vida, além de se prestar a dar suporte à lavagem do dinheiro oriundo de tais ilícitos, integrando organização criminosa com atuação internacional, o que faz presumir que, uma vez solto, voltará a delinquir, desassossegando o seio social”.

O Campo Grande News entrou em contato com a defesa dos citados, mas não obteve reposta até a publicação da matéria.

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