ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 20º

Cidades

Médica orienta corrida aos postos para vacinação contra covid neste fim de ano

Efetiva proteção só ocorre após a terceira dose e alerta também vale para crianças

Lucia Morel | 26/12/2022 12:46
Homem recebe dose de vacina contra covid-19 em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)
Homem recebe dose de vacina contra covid-19 em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)

O momento é de correr para os postos de saúde e completar o esquema de vacina contra covid-19. O alerta é da infectologista Silvia Uehara, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia em Mato Grosso do Sul. Com as festas de fim de ano, o risco é real de mais pessoas infectadas, piorando quadro já negativo entre meados de novembro e de dezembro, período em que o número de casos cresceu quatro vezes.

“Pras novas variantes, é preciso pelo menos três doses pra efetivar a proteção. O esquema protetor pra ômicron é de no mínimo três doses, principalmente porque é muito significativa a queda de anticorpos depois de três ou quatro meses após a última dose de vacina, o que desprotege contra um possível agravamento”, sustenta a infectologista.

Ela lembra que as terceiras e quartas doses – atualmente chamadas de primeiro e segundo reforços – estão liberadas para toda população a partir dos 18 anos. “O risco de novas variantes com a circulação maior é grande e já temos a ômicron que tem mais capacidade de reprodução e de transmissão”, por isso, a necessidade de vacinação.

O mesmo alerta, segundo Sílvia, vale para o público infantil. “O cenário de vacinação contra covid-19 é muito ruim pras crianças”, comenta, ao dizer que cerca de 45% tomou a primeira dose e nem 25% recebeu a segunda. “Não podemos nem falar em proteção para elas, porque nem o esquema básico elas completaram”, lamenta.

A especialista afirma que os pais e responsáveis devem aproveitar este momento – entre o final e o começo de ano – para imunizar as crianças, “para evitar que o aumento de casos quando elas voltarem às aulas”. Lembra ainda da necessidade de completar o esquema vacinal contra gripe. “Isso direciona a atuação do médico em caso de atendimento, descartando doenças”, avalia.

Por fim, a médica defende que Mato Grosso do Sul – bem como o Brasil – só conseguiu vencer o agravamento e as mortes por covid depois que alcançou-se 50% de cobertura vacinal, o que é “incontestável”. “É preciso fazer um alerta aos pais, porque a covid matou mais crianças que as demais doenças, que também têm vacinas, juntas”, sustentou.

Por fim, Sílvia afirma que nos espaços de aglomeração, como hotéis, shoppings, cinemas, que são fechados, é preciso uso de máscaras. “Se a distância ficar em menos de 1,5 metro, tem que usar máscara”, orienta.

Nos siga no Google Notícias