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Cidades

MS tem 152 obras paralisadas com recursos federais

O valor já investido no Estado totaliza R$ 141,6 milhões, segundo dados do Tribunal de Contas da União

Por Izabela Cavalcanti | 23/10/2023 09:57
Em Nova Andradina estava prevista a construção de ponte de concreto sobre o Rio Samambaia (Foto: Divulgação/Cogecom)
Em Nova Andradina estava prevista a construção de ponte de concreto sobre o Rio Samambaia (Foto: Divulgação/Cogecom)

Mato Grosso do Sul tem 152 obras federais paralisadas, do total de 440 existentes, segundo dados do TCU (Tribunal de Contas da União). Os recursos já investidos totalizam R$ 141,6 milhões de um total previsto que chega a R$ 519,4 milhões.

Se comparar com o ano de 2020, quando eram 149 obras paradas, o percentual saiu de 26,7% para 34,5% (152). Em 2022, caiu para 146.

O setor de infraestrutura e mobilidade urbana lidera com 51 obras, educação básica com 33; saúde (12), outros tipos (12), esporte (11), educação superior (9), infraestrutura de transportes (7), turismo (6), educação profissional e tecnológica (4), agricultura (3), saneamento (3) e habitação (1).

Pela Agesul (Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) estão paralisados quatro contratos. O motivo é que falta repasse de recursos federais.

Construção de três pontes de concreto em Itaquiraí, sendo duas sobre o Rio Itaquiraí e uma sobre o Rio São Luiz, que custa R$ 3,7 milhões, com recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional. O levantamento inclui ainda a construção de duas pontes de concreto sobre o Rio Samambaia, em Nova Andradina, por R$ 3,3 milhões.

Ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Dourados (Lote 3 - margem esquerda do córrego Laranja Doce), com recursos do Ministério das Cidades - PAC 2 - 4ª seleção. Obra de R$ 2,4 milhões; ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Dourados (Lote 5 - rede coletora e ligações), também com recursos do Ministério das Cidades - PAC 2 - 4ª seleção.

Obras paralisadas por setor em Mato Grosso do Sul (Arte: Barbara Campiteli)
Obras paralisadas por setor em Mato Grosso do Sul (Arte: Barbara Campiteli)

Na quarta-feira (18), o TCU julgou processo que analisa a gestão de obras paralisadas que envolvem recursos do Orçamento Geral da União e concluiu que o cenário é reflexo da fragmentação e insuficiência na coordenação, planejamento, priorização, monitoramento e avaliação da gestão das carteiras de obras paralisadas por parte dos órgãos do Centro de Governo, entre os anos de 2019 e 2022.

O ministro relator do processo, Vital do Rêgo, avaliou os impactados da situação. “Esses problemas têm gerado impactos diretos e indiretos na população. Afinal, além do desperdício dos recursos públicos investidos, a paralisação impede a população de usufruir benefícios de cada bem público não concluído", disse.

Ainda de acordo com ele, o Tribunal vai monitorar o cumprimento das determinações do acórdão.

Brasil – No Brasil são 8,6 mil empreendimentos paralisados, de um total de 21 mil obras. O valor total de recursos investidos saiu de R$ 75,95 bilhões em 2020, para R$ 113,65 bilhões em 2023.

Em comparação aos últimos três anos, a porcentagem de obras paralisadas aumentou de 29%, em 2020, para 41% em 2023.

O setor mais prejudicado é o da educação básica, com 3.580 obras paradas. Em seguida está o de infraestrutura e mobilidade urbana, com 1.854 empreendimentos; na saúde, são 318.

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