Operação contra PCC cumpriu seis mandados na Capital e Corumbá
Ação da PF tem objetivo de “sufocar” núcleo financeiro do PCC (Primeiro Comando da Capital)
Dos 145 mandados expedidos para a Operação Caixa Forte, deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta sexta-feira (9) com objetivo de “sufocar” núcleo financeiro do PCC (Primeiro Comando da Capital), seis foram cumpridos em Mato Grosso do Sul.
Em Campo Grande, foram cumpridos dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão. Já em Corumbá, um homem foi preso e teve a casa vasculhada por policiais federais.
As buscas foram em casa do Bairro Popular Nova. Na casa do alvo, policiais encontraram papéis e anotações o envolvimento dele com tráfico de drogas e também que o mesmo é integrante da facção criminosa. O material será encaminhado a Polícia Federal de Minas Gerais, que comandou a operação.
A força-tarefa - A PF voltou às ruas neste manhã para cumprir 52 mandados de prisão, 48 de busca e apreensão e 45 de sequestro de valores e bloqueio de contas bancárias contra integrantes da facção responsáveis por parte da renda e da contabilidade do PCC. Além de Mato Grosso do Sul, a força-tarefa também foi realizada em Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
A operação dá continuidade ao trabalho da Operação Cravada, deflagrada na terça-feira (6) e que cumpriu um mandado de prisão contra interno da PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
De acordo com a PF, as investigações que resultaram na ação de hoje começaram em 2018. Na organização da facção criminosa, a polícia identificou a existência de setor chamado de Geral do Progresso, responsável por gerenciar o tráfico de drogas para garantir renda ao PCC e também lavar o dinheiro obtido com o comércio dos entorpecentes.
Várias pessoas eram cooptadas para “emprestar” as contas bancárias para o depósito dos valores. As pequenas quantias eram transferidas para outras contas ou sacadas em terminais de autoatendimento. As 45 contas identificadas foram bloqueadas.
Outro setor, de nome Resumo Integrado do Progresso dos Estados e Países, era responsável por cooptar os donos das contas, receber comprovantes e fazer a contabilidade da lavagem do dinheiro.
Segundo a PF, durante a investigação, a movimentação financeira nestas contas identificadas ultrapassou R$ 7 milhões.