Para secretário, termo de consentimento é atraso e desserviço para a imunização
O Conass até publicou carta aberta aos “brasileirinhos” para que sejam incentivados à vacinação
Contrário à exigência de termo de consentimento ou prescrição médica para vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra covid-19, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirma que a defesa é para a imunização imediata dos pequenos.
A opinião também é a do Conass (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde), que até publicou nesta sexta-feira, carta aberta aos “brasileirinhos” para que sejam incentivados à vacinação. Confira a publicação nesta página.
“Estamos cobrando que o Ministério nos mande as vacinas rapidamente”, disse Resende, afirmando que o a demora é “mais uma situação que estão colocando num processo que já é conturbado no enfrentamento da covid”, analisou.
Para o secretário, o processo de imunização “tomou coro” e avançou em todo Brasil, alcançando milhões de pessoas, corrigindo, inclusive, o atraso no começo do processo devido às poucas doses compradas pelo governo federal e mesmo, devido ao início em janeiro, quando, se planejado, poderia ter sido iniciado em dezembro do ano passado.
“Muita gente poderia ter sido salva e espero que nossas crianças não sejam vitimas de um processo politizado, que deveria estar longe de divisões políticas e de negacionismo. É um desserviço essa exigência (termo de consentimento), que não foi feito em nenhum grupo anterior”, comentou o secretário.
Resende lembrou ainda que em todo mundo, onde a vacinação nessa faixa etária já começou, o medicamento mostrou-se seguro. Ele ainda enfatizou que há respaldo científico e da própria Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a imunização de crianças a partir dos 5 anos de idade contra a covid-19.
“Essa exigência (assim como a consulta pública) é um desserviço que só vai trazer mais dúvidas à cabeça dos pais”, comentou, enfatizando que ele próprio é pai de duas crianças de 6 e 8 anos. “Estamos ansiosos para imunizar nossas crianças e tenho certeza que há milhões de pais na mesma situação”.