ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 22º

Cidades

Pesquisa encontrou 6,4 milhões de famílias sem conexão à internet

Do total sem acesso à rede, 2,9 milhões são estudantes, a maioria da rede pública

José da Cruz | 09/11/2023 10:15
Entre os estudantes que não tinham internet, a maioria esmagadora é da rede pública de ensino: 93,7%.(Foto: Henrique Kawaminami)
Entre os estudantes que não tinham internet, a maioria esmagadora é da rede pública de ensino: 93,7%.(Foto: Henrique Kawaminami)

Pesquisa nacional do IBGE encontrou, em 2022, 6,4 milhões de famílias sem conexão à internet no Brasil. O  acesso à rede, no entanto,  continua em expansão. Cerca de 23,792 milhões de brasileiros de 10 anos ou mais de idade não usavam a internet, sendo 2,923 milhões deles estudantes.

Conforme dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os  excluídos digitais representavam 12,8% da população com 10 anos ou mais de idade. Mais da metade deles eram idosos (52,3% tinha 60 anos ou mais de idade). O grupo também era majoritariamente constituído por pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, o equivalente a 78,5% das pessoas sem acesso à internet.

“No País, o rendimento médio mensal real per capita nos domicílios em que havia utilização da internet (R$ 1.760) foi quase o dobro do rendimento nos que não utilizavam essa rede (R$ 944). A grande diferença entre esses dois rendimentos foi observada em todas as Grandes Regiões, com destaque para a Região Norte, cujo rendimento nos domicílios em que havia utilização da Internet foi maior que o dobro do rendimento registrado nos domicílios que não utilizavam o serviço”, ressaltou o IBGE.

Entre os excluídos digitais, 16,2% apontaram motivos financeiros para a falta de acesso à internet: 11,1% disseram que o acesso à rede era caro, e outros 5,1% declararam que o equipamento eletrônico necessário era caro. Os dois motivos mais mencionados para a falta de conectividade foram não saber usar a internet (47,7%) e falta de necessidade (23,5%).

Outros 3,6% disseram que o serviço não estava disponível nos locais que frequentavam, sendo que essa proporção subia a 9,7% entre os excluídos digitais da região Norte. Na média do Brasil, 8,0% dos desconectados em área rural mencionaram a ausência de internet nos locais frequentados, contra uma fatia de apenas 1,8% dos excluídos digitais de áreas urbanas.

Entre os estudantes que não tinham internet, a maioria esmagadora frequentava a rede pública de ensino: 93,7%. Os estudantes de 10 anos ou mais que ainda eram excluídos digitais em 2022 relataram maior peso da questão financeira para o problema: 19,9% consideravam o serviço caro e 14,8% afirmaram que o equipamento necessário para o acesso era caro.

A pesquisa mediu ainda o alcance do acesso gratuito à internet (Wi-Fi) em locais públicos, como estabelecimentos públicos de educação e bibliotecas públicas, estabelecimentos públicos de saúde, praças e parques: 8,9% das pessoas que utilizaram a internet no período de referência afirmaram ter acessado o serviço gratuitamente em escolas, universidades ou bibliotecas públicas; 5,2%, em estabelecimentos públicos de saúde, como postos de saúde e hospitais públicos; e 5,5%, em praças ou parques públicos..

“Nota-se que o acesso gratuito à internet em estabelecimentos públicos de educação ou bibliotecas públicas foi maior entre os grupos etários mais jovens: 19,1%, para as pessoas de 10 a 13 anos de idade; 24,7%, entre as pessoas de 14 a 19 anos; e 11,5%, para o grupo de 20 a 24 anos”, apontou o IBGE.

Entre os estudantes conectados, 24,2% fizeram uso de internet gratuita em estabelecimentos de ensino públicos e bibliotecas públicas. Considerando a rede de ensino de origem, 26,7% dos estudantes da rede pública que utilizaram internet acessaram o serviço de forma gratuita em escolas, universidades ou bibliotecas públicas, fatia superior à dos estudantes conectados que cursavam a rede privada de ensino (19,0%).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias