Policial suspeito de furto de 117 kg de maconha é preso e afastado da função
Eduardo Luciano Diniz, 32 anos, estava sendo procurado desde junho e apresentou-se à polícia; ele está preso no 3º DP, na Capital
O policial civil Eduardo Luciano Diniz, 32 anos, investigado pelo furto de 112 quilos de maconha de dentro da delegacia de Itaquiraí, está preso em Campo Grande. Hoje, portaria publicada no Diário Oficial do Estado determinou afastamento dele das funções, em decorrência da investigação.
O investigador apresentou-se à polícia na última segunda-feira (15), acompanhado do advogado. Eduardo Diniz está detido na 3ª DP (Distrito Policial) de Campo Grande, no bairro Carandá Bosque.
A portaria de afastamento foi assinada pelo corregedor-geral da Polícia Civil, delegado Jairo Carlos Mendes, e refere-se ao cumprimento do mandado de prisão preventiva em decorrência da investigação.
O crime foi descoberto depois que DGPC (Direção Geral da Polícia Civil) determinou que as delegacias cumprissem a portaria de 14 de fevereiro de 2017, que disciplina os procedimentos para destruição de drogas ilícitas.
No dia 12 de junho, no cumprimento dessa norma, foi percebida diferença entre o que estava armazenado e o relatado em apreensões. A Corregedoria da Polícia Civil foi acionada e, na investigação, apurou-se que houve apreensão feita pela Polícia Militar de 559 quilos de maconha no dia 8 de junho. A droga foi recebida pelo investigador.
À noite, segundo a Polícia Civil, o investigador retirou 177 quilos e levou a droga até uma chácara, fazendo a substituição por 200 quilos da droga do mesmo tipo, porém, de qualidade inferior.
Na investigação, foi apurado que o investigador teve apoio de três moradores da cidade: Cristiano da Silva Marques, 32 anos, Moisés Lopes Ferreira, 37 anos e João Ferreira, pai de Moisés. Na chácara de João foram encontrados cerca de 2 quilos de maconha.
A partir da identificação, no dia 20 de junho, foram expedidos mandados de prisão e de busca e apreensão. Cristiano da Silva Marques continua foragido e, segundo advogado Wilson Tavares de Lima, o cliente deve se apresentar. A linha de defesa dos acusados está sendo discutida pela defesa dos suspeitos.