Presídios tem 96 casos de covid-19, incluindo servidores
Maioria das confirmações é entre custodiados dos regimes fechado, aberto e semiaberto
O sistema prisional de Mato Grosso do Sul registra 96 casos confirmados de covid-19, entre internos, monitorados e servidores. Levantamento começou a ser divulgado nesta segunda-feira, por boletim elaborado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).
De acordo com os dados, a maioria dos casos é registrada entre internos dos regimes fechado, aberto e semiaberto. São 60 contaminados, sendo que apenas três se recuperaram e 57 estão ainda estão em tratamento, indicando diagnósticos recentes.
Divulgado em junho, o mapa prisional aponta a manutenção de 17,3 mil presos nos regimes fechado, aberto e semiaberto do Estado.
Entre os servidores, os diagnósticos por covid-19 chegaram a 27. A maioria, 20, já se recuperou e sete ainda estão em tratamento. O sistema penitenciário do Estado conta com a atuação de 1,7 mil servidores.
Entre os 1,8 mil presos monitorados por tornozeleira eletrônica, nove foram contaminados, sendo que dois se recuperaram e sete estão em tratamento.
Os dados são divulgados pelo Comitê de Gestão e Acompanhamento de Medidas de Enfrentamento à Covid-19, da Agepen. De acordo com o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, a medida tem por objetivo proporcionar maior transparência ao assunto e evitar que informações equivocadas sejam disseminadas.
Diretores das unidades prisionais e servidores por eles designados estão responsáveis por abastecer os dados diariamente no Siapen (Sistema de Informações Penitenciárias), que gera um relatório, elaborado pela equipe de servidores que administra o Siapen.
Os boletins serão divulgados todas as manhãs dos dias úteis com informações referentes ao fechamento do dia anterior. Apenas nas segundas-feiras serão divulgados dados da sexta-feira anterior.
Isolamento - Conforme orientação do comitê, os familiares dos internos com casos confirmados estão sendo informados pelas direções dos presídios. Todos os custodiados que testam positivo são isolados do restante da massa carcerária e os servidores afastados do serviço, com os devidos cuidados de saúde necessários, até que sejam curados.
Desde o início da pandemia, várias medidas têm sido adotadas com uso constante de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) pelos policiais penais, além de fornecimento de máscaras aos internos.
Também é realizada a desinfecção constante do ambiente e são disponibilizados materiais para higienização das mãos; além das visitas estarem suspensas desde março, assim como nos demais presídios do Estado, entre outros procedimentos.