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Cidades

Procura por vacina contra influenza cresce 7 vezes em MS e mortes caem

Levantamento do Campo Grande News identifica que cerca de 91% das vítimas da gripe estavam sem imunizante

Guilherme Correia | 10/02/2022 12:47
Ampola de vacina contra a gripe, aplicada por meio do SUS. (Foto: Marcos Maluf)
Ampola de vacina contra a gripe, aplicada por meio do SUS. (Foto: Marcos Maluf)

A vacinação contra a gripe cresceu cerca de sete vezes em Mato Grosso do Sul, na comparação entre os meses de dezembro de 2021 com janeiro deste ano. Desde o fim do ano passado, a média de mortes por influenza teve redução e, até agora, cerca de 91% das vítimas registradas pelo Ministério da Saúde não tinham tomado a vacina antigripal.

No último mês do ano passado, foram aplicadas 73,3 mil doses e, no primeiro mês de 2022, foram contabilizados 513,6 mil imunizantes, em território estadual.

Vale ressaltar que houve apagão de dados epidemiológicos de doenças respiratórias - documentados pela pasta federal por meio do Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) -, após ataque hacker em dezembro.

Desta forma, pode haver subnotificação ou atraso no registro de informações, que mudariam a análise.

Ainda assim, os dados indicam que houve aumento expressivo na quantidade de doses de vacina contra a gripe aplicadas, após surtos da doença registrados no fim do ano passado, e, ao mesmo tempo, nota-se redução no número de mortes.

População em campanha vacinal da gripe, em abril de 2021. (Foto: Marcos Maluf)
População em campanha vacinal da gripe, em abril de 2021. (Foto: Marcos Maluf)

Campanha - Ainda que o atual fármaco, produzido pelo Instituto Butantan, não garanta proteção contra a cepa Darwin, apontada como responsável pelo aumento de casos de influenza H3N2, alguns especialistas acreditam em “imunidade cruzada” - isto é, quando alguma defesa é conferida ao indivíduo vacinado, por se tratar de mutações semelhantes.

O boletim epidemiológico publicado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) nesta quinta-feira (10) trouxe zero morte pela doença e a média dos últimos sete dias é de 0,9 óbito a cada 24 horas.

Há 15 dias atrás, o mesmo índice era de 2,1 registros por dia - ou seja, houve redução de aproximadamente 57%.

Vale ressaltar que, conforme levantamento feito pelo Campo Grande News, com base em mais de 30 mil registros de vítimas, consolidados até o fim de janeiro, indica que de 68 vítimas da gripe, apenas seis tinham tomado a vacina contra a gripe nos últimos 12 meses.

Em geral, os imunizantes são oferecidos por meio do SUS (Sistema Único de Saúde) nos grupos prioritários, estabelecidos nas campanhas - geralmente, crianças, idosos e profissionais de saúde. A da gripe é feita, desde 1999, a partir entre abril e julho, que é quando os casos ocorrem com mais frequência.

Com o aumento dos casos da H3N2, autoridades sanitárias locais elaboraram estratégias para aplicar as vacinas sobressalentes. Com carregamentos próprios, clínicas particulares de vacinação estão aptos a vender e aplicar este imunizante.

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