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Cidades

Recenseadores do IBGE encontram 1,3 mil moradias improvisadas em MS

Mas 99% dos demais têm serviços como abastecimento de água, energia elétrica, saneamento ou coleta de lixo

Cassia Modena | 28/06/2023 09:56
Comunidade em Campo Grande com moradias precárias (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Comunidade em Campo Grande com moradias precárias (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

Na pesquisa para o Censo Demográfico 2022, recenseadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registraram 1.204.524 domicílios particulares que servem de moradia para pessoas, em geral da mesma família, contando com cômodos e tendo acesso aos serviços básicos de abastecimento de água, energia elétrica, saneamento ou coleta de lixo.

Esse número representa a maioria (99,63%) dos locais visitados no Estado, entre 1º de agosto de 2022 e 28 de fevereiro de 2023, e exclui moradias improvisadas, que representam 0,11% dos domicílios encontrados.

São 1.342 as unidades na outra ponta da economia, vivendo com as mínimas condições de moradia, em barracos, prédios invadidos com construção inacabada e outros espaços precários.

Na categoria improvisadas, entram ainda aquelas localizadas em espaços que não são destinados exclusivamente à moradia, como fábricas e comércios, por exemplo.

Onde estão - A maioria das moradias improvisadas está localizada em Campo Grande, depois vem Dourados. São as duas maiores cidades de Mato Grosso do Sul.

Na sequência, aparece Itaquiraí que, até o último censo, era considerado polo de desenvolvimento por conta da agricultura familiar.

O quarto é Mundo Novo, na divisa com Paraná, que sofre pela ausência de setor forte da economia. Em quinto está Paranhos, que fica na fronteira com o Paraguai, um dos pontos que enfrenta as consequências da criminalidade.

E em sexto aparece Três Lagoas, que já tinha a previsão de crescimento desordenado com o rápido desenvolvimento econômico, graças a instalação das fábricas de celulose da  Eldorado e Suzano.

Coletivas - Entre domicílios com outras características encontradas estão os de uso coletivo. Foram registradas 3.109 unidades assim.

O percentual de pessoas vivendo em domicílios coletivos no Estado é de 0,26% entre os entrevistados. Esses espaços recebem essa classificação por terem alguma central de gerência e não serem ocupados por pessoas da mesma família, em geral.

São exemplos hotéis, pensões, presídios, quartéis, asilos, orfanatos, conventos, hospitais e clínicas de internação e alojamento de trabalhadores.

Os números fazem parte dos primeiros resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022, que foram divulgados nesta quarta-feira (28).


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