Seca no Pantanal coloca abastecimento de água de Corumbá e Ladário em risco
Baixo nível do Rio Paraguai fez com que Sanesul tomasse medidas de prevenção, como uso de bomba flutuante de sucção
A seca que afeta todo o Mato Grosso do Sul e coloca o Pantanal em situação grave também pode trazer prejuízos ao abastecimento de água da população de Corumbá e Ladário, cidades localizadas a 338 km de Campo Grande. Ao todo, o contingente populacional dos dois municípios soma aproximadamente 135,7 mil.
De acordo com o diretor-presidente da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), Walter Carneiro Junior, o nível do rio Paraguai é acompanhado de perto, com medições periódicas, já que ele é a principal fonte de abastecimento da região
"O abastecimento de água em Corumbá e Ladário acontece normalmente e estabelecemos duas ações pontuais para reforçar o bombeamento da água", frisa Walter. Uma das medidas é a utilização de uma bomba flutuante com capacidade de sugar 500 m³ de água por hora.
A questão foi discutida entre Sanesul e a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) nesta quinta-feira (24), devido ao risco e problemas que um desabastecimento pode causar.
Além da bomba flutuante, outra medida para garantir o abastecimento é o uso de bombas submersíveis e anfíbias, que juntas produzem 1,6 mil m³ de água por ora. "Monitoramos diariamente o abastecimento das duas cidades", explica Carneiro.
Sala de crise - A pedido do Governo do Estado, a Sanesul montou em conjunto à Semagro uma sala de crise hídrica, coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento. o objetivo é traçar planos para manter o abastecimento dentro da normalidade.
Nesse período de seca severa, os registros da Sanesul na área em que é realizado o bombeamento da água para Corumbá e Ladário indicam que o nível do rio Paraguai está aproximadamente três metros abaixo do seu nível normal.