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Cidades

Secretaria admite perda de doações, mas assina contrato para retomar transplante

Laboratório Biomolecular volta a realizar exames, mas em 1 mês famílias deixaram de fazer doação de órgãos

Lucia Morel e Jéssica Benitez | 12/09/2022 18:55
Secretário de Estado de saúde, Flávio Britto. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Secretário de Estado de saúde, Flávio Britto. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Depois de um mês e cinco dias do fim do contrato que garantia os exames de compatibilidade para pacientes que precisam de transplante de órgãos, o Governo de Mato Grosso do Sul assinou hoje acordo para a realização dos serviços, que agora, fazem parte das contratualizações do Estado e não mais do município.

O Laboratório Biomolecular teve o contrato encerrado com a Prefeitura de Campo Grande em 7 de agosto, após sete anos de renovações.

Nesse período de pouco mais de 30 dias, ocorreram duas mortes encefálicas no Estado, mas a possibilidade de doação de órgãos nem foi apresentada à família do morto devido a ausência de laboratório para testar a compatibilidade.

 Através de repasse do Ministério da Saúde, o município pagava R$ 4 milhões pelos serviços à empresa, que agora, fechou pacto com o governo estadual, no valor de R$ 6 milhões. Os recursos continuam vindo do ministério.

Apesar dos riscos, o secretário de Estado de saúde, Flávio Britto, afirmou que não houve perda de órgãos, que acabam sendo enviados a outros estados, quando não há compatíveis em MS.


Entretanto, um exame de compatibilidade que poderia ser feito em poucas horas aqui, precisou ser enviado ao Paraná, o que atrasou o resultado em um dia. O órgão acabou sendo enviado para fora de Mato Grosso do Sul. “Com muita dificuldade, nós não deixamos de atender ninguém”, garantiu Britto.


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