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Cidades

Semana de operação em presídios teve só mil celulares apreendidos no País

No Brasil, 106 unidades foram vistoriadas, mas apenas 9,5 aparelhos em média por presídio foram recolhidos

Por Ângela Kempfer | 16/12/2023 13:53
Aparelhos e carregadores apreendidos em Mato Grosso do Sul. (Foto: Agepen)
Aparelhos e carregadores apreendidos em Mato Grosso do Sul. (Foto: Agepen)

Operação para enfraquecer o poder as facções criminosas dentro dos presídios terminou ontem (15) com 106 unidades vitoriadas no Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul. O trabalho começou na segunda e seguiu até a sexta, realizado pela Polícia Penal Federal em parceria com as polícias estaduais.

Ao fim da semana, 1.056 tinham sido apreendidos, média de 9,9 por instituição, número baixo a contar pela realidade de crimes e golpes ordenados por presos. Também, foram recolhidos carregadores e porções de drogas. Os números regionais não foram divulgados.

Em Dourados, por exemplo, no PED (Presídio Estadual), o presos de outros pavilhões filmaram a ação dos policiais. Dentro da cela, ele exibia o celular tranquilamente, enquanto do outro lado do corredor, dava para ouvir barulho de disparos que saíram de armas de efeito moral.

Com cerca de 2,5 mil custodiados, a PED é o maior presídio de Mato Grosso do Sul. As vistorias iniciaram às 7h48 de quinta-feira e contaram com a participação de cerca de 70 policiais penais, entre operacionais do Cope (Comando de Operações Penitenciárias), que atuam na retirada e contenção dos presos, e os servidores da penitenciária, que realizam as inspeções, além de integrantes da área de inteligência.

Mas a operação também ocorreu no complexo penal de Campo Grande. Na próxima etapa, a previsão é de providenciar telamento superior de todos os presídios, para coibir a entrada de aparelhos por drones e arremessos.

Segundo o Ministério da Justiça, a ação desta semana envolveu 4.384 policiais penais e teve 5.204 celas revistadas em todo Brasil.

Mesmo com resultado pífio, o governo federal considera a maior operação deste tipo realizada no país, "devido à quantidade de policiais penais estaduais e federais envolvidos e unidades prisionais estaduais".

Hoje, um dos grandes trunfos do crime organizado é o uso de celulares para a comunicação, o que tem contribuído para o crescimento dos índices de violência em âmbito nacional.

Na primeira fase da operação, foram apreendidos 1.166 aparelhos celulares, um revólver, armas brancas e substâncias análogas a entorpecentes. Nessa etapa, o surpreendente é que de 68 unidades vistoriadas, apenas dez demostraram possuir rotina de controle efetiva com revistas frequentes.

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