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Cidades

Suspeita é de que empresário assassinou família no PR após briga com sogro

Genro está preso e até depoimento da mãe dele complicou situação para suspeito

Ângela Kempfer | 10/08/2021 12:12
Jean em delegacia do Paraná, onde foi preso ontem. (Foto: O Bem Dito)
Jean em delegacia do Paraná, onde foi preso ontem. (Foto: O Bem Dito)

A Polícia Civil do Paraná não tem dúvidas de que Jean Michel de Souza matou sogro, sogra e esposa, em Umuarama (PR). Além de não demostrar nenhum abalo emocional na cena do crime, marcas de sangue e depoimentos da família dele complicaram a situação do empresário.

Segundo as investigações, Jean tinha um comportamento possessivo em relação à esposa, o que pode ter motivado o crime. Os dois já não moravam juntos, por conta das crises constantes.

Várias contradições, marcas de sangue no carro e na casa da mãe do suspeito, além de reações diante dos questionamentos da polícia levaram a prisão de Jean na noite de ontem.

O empresário chegou a abrir a loja de aviamentos que mantinha em sociedade com a esposa, na manhã de ontem e, calmo, quando os policiais chegaram, disse que já sabia das mortes dos familiares, informado através da imprensa.

Mas foram as marcas no carro de Jean que evidenciaram o envolvimento no crime. O veículo havia sido limpo, mas com uso de luminol, a perícia detectou sangue no volante. Marcas também foram encontradas na lavanderia da casa da mãe dele e dentro da residência da família haviam as mesmas pegadas em uma das poças de sangue.

Post feito pelo casal no Instagram. (Foto: Reprodução)
Post feito pelo casal no Instagram. (Foto: Reprodução)

Jean também mentiu ao relatar que havia saído de casa apenas às 13h de domingo para ver a mulher, mas que teria voltado logo depois do almoço. Ao ouvir parentes dele, a polícia descobriu que o suspeito também ficou ausente à noite.

Em entrevista ao jornal O Bendito, o delegado Gabriel Menezes disse que ainda não é possível dizer que Jean tenha premeditado os crimes, mas disse que ficou espantado com a frieza do suspeito.

“Em nenhum momento ele apresentou sinal de estar consternado em saber que a esposa, o sogro e a sogra estavam mortos. Posteriormente, ele foi levado à residência onde os fatos aconteceram, havia muito sangue no local, ele presenciou toda essa cena, e em nenhum momento, ele demonstrou abalo emocional”, disse Menezes.

De acordo com o delegado, o conjunto de provas reunidas é robusto e ainda que Jean negue os crimes, isso não faz diferença para polícia. “Temos provas suficientes para garantir a manutenção da prisão dele, reunidas na cena no crime, em perícias e em depoimentos”.

A mãe dele foi ouvida e disse que o casal discutia muito, por isso, Jean resolveu deixar a casa dos sogros e voltar a viver com ela, até encontrar um apartamento para viver com a esposa.

Caixão com um dos corpos é retirado da casa. (Foto: Repodução Facebook)
Caixão com um dos corpos é retirado da casa. (Foto: Repodução Facebook)

Dia do crime - A família tem empresas em Mato Grosso do Sul, mas vivia no Paraná. Até agora, as investigações apontam que o crime ocorreu por volta das 22h do domingo, depois de uma briga com o sogro. Antônio Soares dos Santos, de 65 anos, foi o primeiro assassinado.

Esfaqueado na altura do pescoço, segundo perícia preliminar, ele morreu na hora. Depois, a sogra de Jean, Helena Marra dos Santos, de 59 anos, foi assassinada também com golpe no pescoço, ambos no térreo do sobrado da família. Por último, a filha do casal, a advogada Jaqueline Soares, de 39 anos, foi morta em uma banheira.


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