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Cidades

Suspeitos de matar idoso por engano são presos em Campo Grande

Juvenal Santos Silva, 62 anos, foi executado no lugar do genro dia 28 de fevereiro deste ano

Por Ana Paula Chuva | 17/04/2024 17:18
Viatura do Dracco durante diligências nesta quarta-feira (Foto: Divulgação | PCMS)
Viatura do Dracco durante diligências nesta quarta-feira (Foto: Divulgação | PCMS)

Dois rapazes de 22 e 24 anos, que não tiveram os nomes divulgados, foram presos na tarde desta quarta-feira (17), por suspeita de envolvimento no assassinato de Juvenal Santos Silva, 62 anos. O idoso foi executado no lugar do genro no dia 28 de fevereiro deste ano, em uma casa no Bairro Jardim dos Estados, em Sonora, cidade a 362 quilômetros de Campo Grande.

Os suspeitos foram encontrados por equipe do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) durante a Operação “Protetor Divisas e Fronteiras”, coordenada pelo Ministério da Justiça. A dupla foi encontrada em rua no Bairro Jardim Presidente.

Na ocasião, os policiais constataram que eles estavam com mandado de prisão em aberto por conta da morte de Juvenal e então efetuaram a prisão da dupla. O verdadeiro alvo do atentado seria um homem de 31 anos, identificado apenas como Coyote e apontado como líder do Comando Vermelho, em Sonora.

Coyote também foi capturado nesta quarta-feira durante a Operação “Divisa” deflagrada pela Delegacia de Sonora, com apoio das equipes do Garras (Delegacia Especializada na Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), além da Polícia Civil de Mato Grosso.

Morto por engano – O crime aconteceu em uma casa na Rua Ceará, bairro Jardim dos Estados, em Sonora, por volta das 19h30 daquele dia. Segundo apurado pela reportagem no local dos fatos, dois homens pararam em uma rua paralela, em veículo ainda não identificado. Na sequência, entraram na residência. O Coyote estava na cozinha com uma mulher fazendo janta, notou a presença de alguém e conseguiu escapar.

Os criminosos, então, dispararam contra o idoso, que estava sentado em uma cadeira de fio na varanda do imóvel. Juvenal foi atingido por ao menos dois tiros, um deles na cabeça. Ele não resistiu e morreu no local onde a perícia apreendeu cápsulas de calibre 38. Informações são de que o crime se trata de acerto de conta entre facções criminosas.

 Operação Divisa – A operação foi deflagrada pela Delegacia de Sonora e tem o objetivo de “tirar de circulação” pessoas identificadas como integrantes de facções criminosas em “guerra” que já matou, além de Juvenal, outras quatro pessoas por engano.

 Tiago Valdecir Sandrin, de 37 anos, proprietário da Lanchonete e Pizzaria do Sandrin, foi executado a tiros de pistola 9 milímetros enquanto atendia no comércio, na noite do dia 20 de janeiro, na Rua dos Jacarés.

Conforme informações divulgadas pela Polícia Civil, Tiago foi morto por engano. O alvo era um de seus funcionários, que teria envolvimento com facção criminosa. Um pouco antes do ataque, a vítima havia assumido o caixa, em razão de o responsável pelo setor estar em outro cômodo.

No dia 15 de março, João Vitor Oliveira de Souza, 21 anos, e o professor de futebol Jair Ferreira Jara, 49, foram assassinados em um Ginásio Poliesportivo da cidade. A guerra de facções criminosas deixou duas famílias órfãs. O alvo dos tiros sobreviveu. A quinta vítima foi executada na madrugada do mesmo dia.

Sabrina Machado, 18 anos, era funcionária da boate Top Dance e foi atingida por tiro no tórax enquanto trabalhava. Os suspeitos, integrantes do Comando Vermelho, tinham como alvo um rival do PCC.

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