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Cidades

Tenente-coronel é condenado a 7 anos de prisão por contrabando

Militar foi flagrado em novembro do ano passado com R$ 120 mi em produtos trazidos do Paraguai para MS

Anahi Zurutuza | 01/07/2021 12:53
Tenente-coronel Luiz Carlos Rodrigues Carneiro em foto anexada ao auto de prisão em flagrante (Foto: Reprodução)
Tenente-coronel Luiz Carlos Rodrigues Carneiro em foto anexada ao auto de prisão em flagrante (Foto: Reprodução)

Preso no dia 17 de novembro com produtos contrabandeados, o tenente-coronel da Polícia Militar, Luiz Carlos Rodrigues Carneiro, 47 anos, foi condenado a 7 anos de prisão. Conforme decisão do juiz Alexandre Antunes Silva, da Auditoria Militar, ele terá de cumprir a pena inicialmente em regime fechado, “não podendo apelar em liberdade porque sua prisão preventiva ainda se mostra necessária”.

A defesa tentou fazer com que Luiz Carlos não fosse julgado por junta militar, alegando que não estava uniformizado e nem no exercício da função quando foi flagrado com o contrabando, mas teve pedido negado. Para o magistrado, não importa se o crime foi praticado por militar de serviço ou de folga, se dentro ou fora do quartel, se o servidor viola os valores da corporação, deve ser julgado pela Justiça Especializada.

Destacou ainda que o coronel deu "carteirada" no momento da abordagem, embora estivesse à paisana. "O réu imediatamente se identificou como Oficial da PMMS, numa clara tentativa de evitar que a equipe do DOF procedesse a vistoria no veículo", destou Antunes Silva.

O militar foi preso 17 de novembro do ano passado com mais de R$ 120 mil em produtos contrabandeados em Ponta Porã e teve a prisão preventiva decretada após passar por audiência de custódia em Campo Grande. Em dezembro, ganhou o direito da prisão domiciliar após testar positivo para a covid-19.

O tenente-coronel da PM estava em uma estrada vicinal, que liga o assentamento Itamarati à BR-463, quando foi flagrado. O militar era passageiro do Renault Sandero, conduzido por Felipe Hércules Alves Ferreira, de 27 anos.

Dentro do veículo havia 30 celulares Ipro Opal, pacotes de cabos de internet e 400 cigarros eletrônicos. Em depoimento, o PM contou que pegou carona até o assentamento, onde encontraria o ex-sogro e disse que não sabia que o motorista estava transportando produtos contrabandeados, mas foi desmentido pelo comparsa.

Em abril do ano passado, Carneiro foi condenado a três anos de prisão por posse ilegal de arma de uso restrito, resultado da Operação Oiketicus, da qual é alvo, mas recorreu da decisão e continuou trabalhando normalmente e recebendo salário de quase R$ 23 mil.

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