Um dia após ser excluído da polícia, ex-capitão é pego com arma pela PRF
Paulo Roberto Teixeira Xavier estava com pistola, foi levado para a Polícia Civil, ouvido por delegado e liberado
Um dia depois de perder a patente de capitão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto Teixeira Xavier, 49 anos, foi levado para a delegacia de Polícia Civil pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Joinville (SC), por porte de arma ilegal. Acabou sendo ouvido e liberado, segundo apurou a reportagem. Estava com uma pistola .380.
A abordagem aconteceu na BR-101, durante fiscalização de rotina. Os policiais pararam a camionete S10 em que viajava “PX”, como é conhecido, e o encontraram armado.
Na conversa com a equipe, Paulo Roberto disse estar com a pistola por ser policial aposentado. Na checagem, foi descoberta a perda de patente, oficializada nesta terça-feira, 16.
Ele foi levado para CPP (Central de de Joinville, para ser autuado por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Esse tipo de infração é afiançável, segundo o Estatuto do Desarmamento.
O Campo Grande News falou com "PX" e ele negou que tenha sido sequer conduzido para a delegacia. Pelo WhatsApp, disse estar em Maringá (PR).
Tragédia – “PX” é o pai de Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, assassinado em abril de 2019, por engano. Era o ex-policial o alvo da execução, que para os investigadores do caso seria uma vingança.
O crime é atribuído à milícia armada descoberta em Campo Grande pela Operação Omertà, chefiada por Jamil Name e Jamil Name Filho, para quem Paulo Roberto havia trabalhado como uma espécie de segurança.
(Matéria editada às 19h02 para correção e acréscimo de informação)