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Cidades

Vírus atingiu coração e matou deputado em 3 dias

O parlamentar estava bem na terça pela manhã e morreu na sexta-feira, aos 60 anos

Gabriela Couto | 18/03/2023 10:27
Deputado estadual Amarildo Cruz (PT) usando a tribuna da Assembleia Legislativa. (Foto: Divulgação)
Deputado estadual Amarildo Cruz (PT) usando a tribuna da Assembleia Legislativa. (Foto: Divulgação)

Todos estão chocados com a morte repentina do deputado estadual Amarildo Cruz (PT), 60 anos. Conhecido por ser um homem forte, ativo e sem comorbidades, o que ocorreu não foi completamente esclarecido, mas o que se sabe é que houve uma reação viral rara, que abateu o petista que estava trabalhando normalmente na terça-feira (14) e não resistiu três dias depois.

A família não autorizou a equipe médica que atendeu o deputado a dar detalhes do caso, por estar muito abalada com a perda. Durante o velório, na noite de ontem, o irmão dele, Lincoln Cruz, apenas afirmou que “Amarildo não teve chance de lutar”.

Parentes próximos, que não quiseram se identificar, revelaram à reportagem que o deputado estava se recuperando de uma gripe nas últimas semanas. Na terça, ficou febril e procurou atendimento médico no Hospital Proncor.

Para entender o caso e alertar a população, o Campo Grande News conversou com o médico cardiologista Márcio Eduardo Ouriques Couto.

“A miocardite ocorre quando um vírus aloja no coração e causa o relaxamento do músculo do miocárdio. Uma simples gripe causa isso. A pessoa fica inchada e com falta de ar, porque a válvula do coração acaba bombeando menos sangue para o corpo”, explica.

Conforme o especialista, na maioria das vezes o caso pode ser revertido. A exceção é para pacientes com comorbidades, ou as chamadas patologias de base. Por isso o caso de Amarildo foi complicado pela baixa imunidade.

“Não é comum morrer de miocardite de forma tão rápida assim. O paciente só vai a óbito se estiver com a imunidade baixa, entrando em insuficiência cardíaca e falência dos órgãos”.

Para estes casos, se enquadram pacientes com câncer, diabéticos, com insuficiência cardíaca em tratamento, com covid, pneumonia e até usando alguma medicação com base de corticoide.

A orientação do médico é para que as pessoas tenham hábitos que dia a dia contribuam para a imunidade alta. “É preciso sempre estar com os exames de rotina em dia e ter um acompanhamento médico. Ao menor sintoma, como uma gripe, buscar o atendimento hospitalar”, enfatizou.

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