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Cidades

Adalberto Siufi diz que filha fez patrimônio de hospital valer R$ 40 milhões

Edivaldo Bitencourt e Bruno Chaves | 29/08/2013 15:12

O médico Adalberto Siufi, em depoimento na tarde de hoje na CPI da Saúde da Assembleia Legislativa, defendeu a contratação dos familiares pelo Hospital do Câncer. Ele afirmou que os filhos, nora, genro e a irmã eram “muito eficientes”. E fez rasgados elogios à filha, Betina Siufi, que foi administradora da instituição até ser afastada após a Operação Sangue Frio, da Polícia Federal.

Siufi afirmou que o patrimônio do hospital chegou a R$ 40 milhões graças à competência da filha, que recebia super salário. De acordo com a investigação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU), ela recebia valor 40% acima da média do mercado.

Além de Betina, Siufi defendeu a contratação da filha Rafaela, do genro Fabrício, da nora Daniela e da irmã, Evelin, que eram todos médicos.

Ao falar da filha, ele enfrentou o primeiro constrangimento na CPI. Populares e familiares de mortos durante o tratamento ironizaram as falas do médico e gritaram no plenário. O barulho interrompeu, temporariamente o depoimento, e obrigou o presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB), a pedir respeito.

Um manifestante da CUT (Central Única dos Trabalhadores) chegou a gritar que a Casa também era do povo.
Siufi negou ter qualquer responsabilidade no fechamento do setor de radioterapia do Hospital Universitário. Ele disse que a decisão foi da Vigilância Sanitária Estadual. E ainda condenou o tratamento de radioterapia por meio de cobalto, sistema que classificou como “obsoleto” e “ultrapassado”. “Não se usa mais isso”, debochou.

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