Advogado cita Dirceu para defender HC de acusado de matar delegado
A Justiça decretou a prisão preventiva dos dois suspeitos presos pela morte do delegado aposentado e professor universitário, Paulo Magalhães de Araújo, 57 anos, no dia 25 de junho deste ano, em Campo Grande. O advogado de defesa de um dos acusados, Renê Siufi, diz que o próximo passo e pedir o Habeas Corpus e provar que o juiz está “absolutamente errado”.
Foi decretada a prisão preventiva do segurança Antônio Benitez Cristaldo, 37 anos, e do guarda municipal José Moreira Freires, o Zézinho, 40 anos, os únicos presos pela execução do delegado.
“Vou pedir a revogação da prisão, se não der certo tento no tribunal e até no Supremo se for necessário. José Moreira é réu primário, tem bons antecedentes, não oferece risco e ainda se apresentou espontaneamente. Se até o José Dirceu está solto, porque vão manter o meu cliente preso?”, questiona o advogado Siufi.
A prisão foi decretada no sábado (5), concedida pelo juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos. Ambos estavam presos há mais de um mês e o prazo para a prisão temporária venceu ontem. O segurança e o guarda municipal vão responder por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. O advogado de Antônio Benitez não foi localizado para falar sobre a sentença.
Mandante - Em um novo inquérito policial, de acordo com o diretor geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas Neto, haverá uma investigação somente para identificar o “mandante ou possíveis mandantes do crime”.
Outro crime - Além da execução do delegado, eles ainda são suspeitos de matar o 3° suspeito do crime, Rafael Leonardo dos Santos, 29 anos. Este último, conforme a Polícia, seria um crime considerado “queima de arquivo”.
A dupla foi descoberta após diversas denúncias anônimas que o apontavam como suspeitos. A Polícia ainda possui interceptações telefônicas e análise de imagens nas proximidades do crime. José Moreira seria o pistoleiro e Antônio Benitez o comparsa que o ajudou na fuga, em um motocicleta identificada pela Polícia.
Crime - Paulo Magalhães Araújo, 57 anos, foi atingido por uma pistola de 9 milímetros, de uso restrito do Exército. Ele estava na frente da escola da filha, na rua Alagoas, bairro Jardim dos Estados, quando foi alvejado. As investigações seguem sob Segredo de Justiça.