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Cidades

Advogado diz que não há provas contra vereadores em caso de assassinato

Nadyenka Castro | 16/02/2012 19:40

Segundo Rubens Barbirato, eles não têm nenhuma ligação com a morte de Carlos Antônio Carneiro, que na época do crime, em outubro de 2010, era presidente da Câmara Municipal de Alcinópolis

Policiais de Campo Grande prenderam os vereadores no dia 20 de julho.(Foto: João Garrigó)
Policiais de Campo Grande prenderam os vereadores no dia 20 de julho.(Foto: João Garrigó)

Na defesa dos três vereadores de Alcinópolis acusados de envolvimento no assassinato de Carlos Antônio Carneiro, ocorrido em 26 de outubro de 2010, o advogado Rubens Barbirato afirma: “Não há provas contra eles”.

Os clientes do advogado, os vereadores Eliênio Almeida de Queiroz (PR), Valter Runiz Dias de Souza (PR) e Valdeci Lima de Oliveira (PSDB), podem ir a júri popular pelo crime. Eles foram presos em julho do ano passado e soltos em 12 de agosto.

Os três foram denunciados pelo MPE (Ministério Público Estadual) por “ajustar” a morte de Carlos Antônio, que aconteceu em Campo Grande.

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou a denúncia e determinou prazo de dez dias para apresentação de defesa preliminar. De acordo com o advogado, o que existe contra os vereadores “são suposições porque um deles [Valter] virou presidente da Câmara”, diz Rubens Barbirato.

Eles foram denunciados por homicídio com motivo torpe e emboscada. Na denúncia, o promotor Douglas Oldegardo dos Santos cita a disputa política no município:

“Apurou-se que o crime teve motivação torpe, quais sejam as desavenças políticas existentes entre a vítima e os denunciados, os quais compunham o grupo político liderado pelo Prefeito Municipal de Alcinópolis/MS, enquanto a vítima fazia parte do grupo político de oposição”. Com a morte do vereador, Valter foi eleito presidente e o suplente Valdeci assumiu, dando maioria na Câmara ao prefeito.

O prefeito na época do crime era Manoel Nunes da Silva (PR), que foi afastado da prefeitura de Alcinópolis após ser preso acusado de envolvimento no crime, também responde na Justiça pela morte. Agora ocupa o cargo o pai de Carlos Antônio.

O mandante e o executor do assassinato vão a júri popular no próximo dia 24.

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