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Cidades

Ameaçando parar por tempo indeterminado, professores planejam “panelaço”

Michel Faustino e Ricardo Campos Jr. | 22/05/2015 17:00
Professores ameaçam parar por tempo indeterminado e planejam diversas ações. (Foto: Fernando Antunes)
Professores ameaçam parar por tempo indeterminado e planejam diversas ações. (Foto: Fernando Antunes)

Ameaçando iniciar greve por tempo indeterminado a partir de quarta-feira (27) os professores da rede estadual de ensino planejam diversas ações para pressionar o governo do Estado. Na tarde hoje (22), a categoria rejeitou a proposta do Governo que pretendia postergar a integralização do piso nacional de 40 para 20 horas de 2018 para 2022.

De acordo com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Magno Botareli César, os professores realizaram assembleias nos municípios e 90% das cidades rejeitaram a proposta. Novas reuniões devem acontecer para chegar ao índice de 100% de adesão.

Segundo o sindicalista, uma série de ações devem ocorrem a partir da próxima semana, inclusive, uma grande movimentação para comunicar os pais dos 270 mil estudantes, que eventualmente ficarão sem aulas.

“Agora vamos bater panela. Vamos fazer o panelaço da educação. Nessa greve, nós entramos para vencer”, disse Botareli aos professores reunidos em assembleia. O primeiro passo, segundo ele, vai ser marcar uma reunião para comunicar e esclarecer sobre o movimento aos pais dos alunos.

Segundo Botarelli, um comunicado sobre a paralisação já foi encaminhado ao governo. Apesar de terem definido a paralisação para quarta, a categoria está aberta ao diálogo, ressalta o sindicalista.

“Estamos aberto a negociação, mas agora cabe o governo se movimentar. Nesta batalha entramos para vencer e para isso precisamos ações. Queremos a adesão de todos”, completou.

Ele destacou ainda que os professores fizeram acordo com o Governo do Estado e não com o ocupante da Governadoria, em alusão ao acordo ter sido fechado por Puccinelli e ter de ser cumprido por Azambuja.

Proposta x Rejeição - Outro ponto rejeitado foi a manutenção da data-base dos servidores administrativos em maio. Eles tiveram aumento dos salários em dezembro do ano passado e teriam reajuste zero neste mês. Neste caso, a categoria ficaria sem correção nos salários por 16 meses.

A proposta do Governo era elevar o salário para 73,79% do piso em outubro deste ano. Pela proposta, nos próximos sete anos, os salários teriam correção de 3,74% em outubro de cada ano.

Com a decisão, a greve pode deixar 270 mil estudantes sem aulas nas escolas públicas estaduais a partir de quarta-feira. Na Capital, os docentes da rede municipal cruzam os braços na segunda-feira e devem deixar 100 mil estudantes em casa.

O governador Reinaldo Azambuja afirmou, de manhã, que espera responsabilidade dos servidores públicos. Ele destacou que o Governo não dispõe de recursos para conceder reajuste salarial neste ano.

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