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Capital

Professores querem 100% do piso até 2018 e mantém indicativo de greve

Michel Faustino e Ricardo Campos Jr. | 22/05/2015 13:54
Cerca de 130 profissionais estiveram na manhã de hoje na ACP-MS e defendem antecipação de 100% do piso. (Foto: Fernando Antunes)
Cerca de 130 profissionais estiveram na manhã de hoje na ACP-MS e defendem antecipação de 100% do piso. (Foto: Fernando Antunes)

Os professores da Rede Estadual de Educação de Campo Grande rejeitaram proposta do governo do Estado de reajuste de 4,37% em outubro deste ano e a integralização do piso dos professores até 2022. A categoria defende que 100% piso seja concedido até 2018.

Durante a reunião, realiza na sede do ACP-MS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação), os profissionais alegaram que já havia um acordo feito durante a administração do ex-governador André Puccinelli (PMDB), que previa a concessão de 100% do piso até 2018.

Segundo o presidente da ACP-MS, Geraldo Gonçalves, a proposta à longo prazo não oferece “segurança” à categoria.
“A proposta tem suas vantagens, mas também traz prejuízos. A integralização seria em um prazo muito longo e a categoria não vê isso com bons olhos. Agora, vamos se reunir pra ver como será daqui pra frente”, disse.

Logo mais, às 14h, profissionais de todo o Estado se reúnem na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) para debater a proposta, e se mantém ou não indicativo de greve.

Proposta – Segundo o presidente da federação, Roberto Magno Botareli Cesar, caso a categoria aceite o reajuste previsto para outubro, o salário vai chegar a 73,79% do piso nacional dos professores. Atualmente, segundo ele, a rede estadual paga 69,42% do valor. Hoje, para chegar ao piso da categoria, o salário em Mato Grosso do Sul teria que passar dos R$ 1.331 para 1.917,78.

Até 2022, a cada mês de outubro seria concedido mais 3,74% até chegar a 100% do piso. Nesta quarta-feira, a proposta foi discutida em assembleia na Fetems e amanhã será debatida em reuniões municipais.

Para o presidente da federação, a proposta é viável, mas Roberto Botareli lembra que o ideal seria aumento de 10,98% agora e que o restante fosse em seis anos.

Porém, com o reajuste de 13% em janeiro de 2015, os professores terão mais de 17% de aumento em ano de crise econômica. No Estado, são 20 mil profissionais.

Contudo, a negociação pode emperrar devido à data base para os administrativos da Educação, que somam 6.200 servidores. Com o reajuste zero, eles vão ficar sem aumento até maio de 2016. A proposta é antecipar a data base para janeiro.

Se a proposta do governo for recusada, os 26 mil trabalhadores cruzam os braços a partir do dia 25 de maio.

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