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Cidades

Anvisa proíbe importação de insumo de xarope que intoxicou crianças

Bruno Chaves | 04/10/2013 13:58

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou, no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (4), resolução determinando a suspensão da importação, distribuição, comércio e uso do insumo farmacêutico ativo Dextrometorfano, encontrado no xarope Mentovick, que intoxicou pelo menos 11 crianças em Mato Grosso do Sul e 16 no Paraguai.

De acordo com a resolução, o princípio ativo é fabricado pela empresa Konduskar Laboratories Private Limited, localizada em Kilhapur, na Índia.

O xarope que causou reações adversas em crianças na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai é fabricado no país vizinho e utiliza o insumo importado do laboratório indiano. O medicamento não tem registro no Brasil e a suspensão da Anvisa considerou o alerta sanitário emitido pela Vigilância Sanitária de MS e informações da reunião do Comitê Interfronteira realizado em Ponta Porã.

Antes de determinar a suspensão da importação, distribuição e uso do medicamento, a agência emitiu alerta, no dia 27 de setembro, para o risco de intoxicação causada pelo consumo do medicamento. O xarope fabricado no Paraguai envenenou crianças em Dourados e Ponta Porã.

Na primeira cidade, cinco crianças, duas procedentes de Ponta Porã, foram internadas na UTI do Hospital Universitário em estado grave com insuficiência respiratória aguda, cianose (lábios arroxeados) e sonolência. Outras duas crianças chegaram a óbito.

Já em Ponta Porã, foram três casos envolvendo crianças que consumiram medicamento Mentovick a base de Dextrometorfano. As vítimas apresentaram quadro de insuficiência respiratória, dispnéia e cianose. Os casos são investigados pela vigilância epidemiológica.

Óbitos – O secretário de Saúde de Ponta Porã, Eduardo dos Santos Rodrigues, descartou a intoxicação por Dextrometorfano como a causa dos dois óbitos. Segundo Eduardo, as mães das duas crianças que morreram afirmaram que os filhos não ingeriram o xarope. De acordo com o secretário, a primeira criança faleceu de broncopneumonia e a segunda de infecção generalizada.

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