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Cidades

Após deixar MS, Cesare Battisti desembarca em São Paulo

Ricardo Campos Jr. | 07/10/2017 13:00
Cesare Battisti entrando em táxi logo após desembarcar em São Paulo (Foto: Nelson Antoine/Estadão)
Cesare Battisti entrando em táxi logo após desembarcar em São Paulo (Foto: Nelson Antoine/Estadão)

O italiano Cesare Battisti desembarcou em São Paulo, no início da tarde deste sábado (7). Condenado em seu país à prisão perpétua por terrorismo e refugiado no Brasil, ele foi preso em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, tentando fugir para a Bolívia.

Ele foi flagrado na fronteira em Mato Grosso do Sul carregando R$ 10 mil em espécie, US$5 mil (o equivalente na cotação atual a R$ 15,6 mil) e 2 mil euros (cerca R$ 7,3 mil). Ele estava em um táxi boliviano com outros dois passageiros. A grande quantia em dinheiro chamou a atenção da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Dessa forma, ele acabou detido em flagrante por evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O juiz Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Federal dea Capital, decretou a prisão preventiva, sem prazo determinado, mas o desembargador do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), José Marcos Lunardelli, concedeu o habeas corpus do italiano.

Ao tomar a decisão, o magistrado entendeu que não há elementos que indiquem a prática de lavagem de capitais e “não há qualquer indício de que o paciente [Battisti] teria ocultado ou dissimulado a origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade dos valores, tampouco existe substrato fático capaz de indicar a origem criminosa do numerário apreendido”, divulgou o jornal O Estado de S. Paulo.

Contudo, Battisti terá que cumprir três requisitos para ficar solto: comparecer a todos os atos do processo, ir todos os meses ao juízo da cidade onde mora para comprovar residência e justificar as atividades e não pode sair da comarca onde mora sem autorização.

O italiano mantém refúgio no Brasil e foi condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. Ele chegou ao País em 2004, onde foi asilado, mas preso em 2007 e 2009, quando o mesmo STF autorizou sua extradição, negada pelo presidente Lula (PT) em 2010.

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