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Cidades

Após 'teste', MS assina pacto com MT para troca de dados da segurança

Rafael Ribeiro | 20/03/2017 09:57
Os governadores dos dois estados, Pedro Taques e Reinaldo Azambuja (Foto: Marcus Ermínio)
Os governadores dos dois estados, Pedro Taques e Reinaldo Azambuja (Foto: Marcus Ermínio)

Os secretários de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, José Carlos Barbosa e Rogers Elizandro Jarbas, respectivamente, assinaram na manhã desta segunda-feira (20), em um hotel na região central de Campo Grande, o termo de compromisso entre os estados para o acesso mútuo aos sistemas de inteligência das pastas, com compartilhamento de informações sigilosas sobre facções criminosas e permissão para acessar irrestritamente dados sobre investigações.

Os governadores dos dois estados, o sul-mato-grossense Reinaldo Azambuja e o vizinho Pedro Taques (ambos do PSDB), participaram do encontro.

A assinatura acontece quase dois meses depois do primeiro encontro entre Barbosa e Jardas, no dia 26 de janeiro, quando a medida foi anunciada como parte do Plano Nacional de Segurança Pública elaborado pelo presidente Michel Temer (PMDB) como forma de conter a então violência nos presídios que deixou mais de 130 pessoas mortas.

Na ocasião, Barbosa e o colega do vizinho ao norte asseguravam que o compartilhamento dos dados poderia acontecer em até um semestre.

Neste período, o subcomite montado planejou operações conjuntas, segunda o secretário, e iniciou o processo de troca dos dados. Cinco senhas de acesso irrestrito a cada um dos sistemas foram trocadas entre os estados. Como não houveram vazamentos, o acordo foi considerado positivo.

"Definimos que a atuação conjunta é o método mais eficiente de combate ao crime organizado. As áreas de inteligência precisam se unir e atuarem de forma integrada", disse Barbosa.

Segundo o secretário mato-grossense, as ações conjuntas entre os estados focaram além do tráfico de drogas e armas, mais conseguiram reduzir crimes como roubo a banco e estabelecer atuações pontuais na captura de líderes das facções criminosas.

"Antes a troca de informações era algo muito impessoal, não tínhamos ferramentas adequadas para atuação conjuta. Você tem que trabalhar em conjunto, com trafegabilidade grande de informações", disse Jarbas.

Da reunião ocorrida em janeiro, a ausência foi a do Paraná. Segundo Barbosa, diferente de Mato Grosso, as negociações com o vizinho sul-mato-grossense ao sul ainda estão sendo feitas. "Está bem encaminhada", resumiu.

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