Auditoria Militar ouviu cinco policiais sobre jogatina
A Auditoria Militar ouviu nesta quarta-feira cinco policiais no processo que apura o envolvimento de militares com jogatina, ameaça, corrupção, cárcere privado, entre outros crimes.
Os policiais ouvidos hoje são testemunhas de acusação. A previsão era de comparecimento de oito, mas dois faltaram e um será ouvido por carta precatória.
A Auditoria Militar marcou para segunda-feira (27), às 15h, o depoimento de uma das testemunhas que faltaram.
Aos policiais foi questionado sobre ocorrências de apreensões de caça-níqueis, das quais participaram. Uma delas ocorrida dia 23 de fevereiro deste ano, no local conhecido como Salão da Pedra.
A maioria das testemunhas questionadas sobre esta ocorrência disseram não ter visto no local um dos acusados, o capitão Paulo Roberto Teixeira Xavier, e que foram acionados para fazerem a apreensão pelo Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança).
Também foi perguntado às testemunhas se Xavier e outros acusados estavam na apreensão de caça-níqueis ocorrida no ano passado, nas proximidades da avenida Marquês de Pombal.
Confirmação - Um dos policiais que participaram desta ocorrência disse que viu Xavier e Odilon Ferreira da Silva, soldado também preso na operação Las Vegas, no interior de um carro, no local. A testemunha contou que o veículo não era uma viatura, mas não sabia se ambos estavam fardados.
Na segunda-feira (20), a Auditoria Militar ouviu oito testemunhas de acusação. Todas civis. Algumas disseram que viram Xavier pegar dinheiro de caça-níqueis e simular apreensões de máquinas de concorrentes ao grupo dele.
O grupo dele, de acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), era chefiado pelo major da reserva Sérgio Roberto de Carvalho.
Outras testemunhas também relataram que foram ameaçadas por Xavier, ficaram em cárcere privado, mantidas pelo oficial, e que têm medo de possíveis ações do policial.
Já outra pessoa ouvida na Auditoria, relatou que viu Carvalho colocar caça-níqueis em um veículo Audi, em São Paulo.
Dos cinco policiais que respondem pelos crimes, somente Xavier e Carvalho estão presos. Xavier no Presídio Militar e Carvalho na Penitenciária Federal.