Beira-Mar vai ao STJ para anular júri popular do dia 10
O narcotraficante Luís Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para evitar a realização do júri popular na próxima terça-feira, 10 de novembro. Ele quer anular a pronúncia e evitar o julgamento, que deverá mobilizar um forte esquema de segurança em Campo Grande.
Segundo o advogado de defesa, Luiz Gustavo Bataglin, Beira-Mar nega a acusação de que autorizou a execução do traficante João Morel dentro do presídio de segurança máxima da Capital há oito anos.
O pedido para cancelar o julgamento foi feito ao STJ via sedex na quinta-feira. A defesa recorreu contra a decisão do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que manteve o júri popular por homicídio.
Bataglin acusa o desembargador João Batista da Costa Marques de ter antecipado a condenação do réu ao expressar sua opinião sobre o caso. No relatório, ele disse que existe "prova de materialidade e autoria".
A defesa ainda alega que Morel era um criminoso e tinha muitos inimigos, não sendo apenas Beira-Mar. Conforme o MPE, eles disputavam o controle do tráfico de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Beira-Mar está preso na penitenciária federal de Campo Grande.