Caminhoneiros bloqueiam trechos em nove rodovias federais e estaduais
Redução nos valores anunciada pela Petrobras em resposta aos protestos é irrelevante, avalia sindicato.
Mato Grosso do Sul tem mais dois trechos de rodovias bloqueados para o tráfego de veículos de carga, nesta terça-feira (22), em protesto contra a política de preços dos combustíveis. Segundo o Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros do Estado), há manifestações na BR-163 na saída da Capital para São Paulo e no entroncamento da MS-485 e MS-386 em Amambai.
Também há interdições na MS-040 e BR-262 em Campo Grande, BR-267 em Maracaju, BR-060 em Sidrolândia, BR-158 em Paranaíba e na BR-163 em Campo Grande (anel viário), Rio Brilhante, Eldorado, Naviraí e Bandeirantes.
O presidente da entidade, Osni Bellinati, disse ao Campo Grande News que a redução da Petrobras no preço do diesel e da gasolina em resposta às manifestações foi irrelevante. “Estão reduzindo somente quatro centavos”, afirma.
Segundo ele, a categoria quer mudança na forma como os reajustes são calculados, atualmente atrelados às variações do dólar.
Em todos os trechos afetados pela manifestação, carros de passeio, ambulâncias, ônibus e veículos com cargas vivas e perecíveis estão passando sem problemas.
Mais baratos - Os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia; e de Minas e Energia, Moreira Franco; debatiam o preço dos combustíveis com o presidente da Petrobras, Pedro Parente. Como resultado, o preço do diesel “A” nas refinarias passará de R$ 1,8835 por litro hoje para R$ 1,8578 amanhã - queda de 1,36%. Já o preço da gasolina “A” nas refinarias passará de R$ 1,6783 para R$ 1,6581 no mesmo período - queda de 1,20%.
A política de preços adotada a partir de julho do ano passado pela Petrobras para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras se baseia no preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais desses produtos mais os custos que os importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo, esclareceu a empresa.
Segundo ela, “a paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos”. O preço considera ainda uma margem que cobre eventuais riscos, como volatilidade do câmbio e dos preços.